O juiz Diego Paes Moreira, titular da 6ª Vara Federal
Criminal de São Paulo, aceitou nesta quinta-feira (4) a denúncia feita pela
força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) contra o
ex-presidente Michel Temer (MDB), a filha dele Maristela Temer, o
coronel João Baptista Lima Filho e a mulher de Lima, Maria Rita Fratezi.
Com a decisão, os quatro agora se tornam réus em uma ação
penal pelo crime de lavagem de dinheiro. O MPF havia feito as denúncias
nessa terça-feira (2). A suspeita dos procuradores é que a reforma da casa da
Maristela foi financiada com dinheiro desviado das obras da usina nuclear de
Angra 3.
Em nota o criminalista Eduardo Carnelós, que defende Michel
Temer, afirmou que a acusação “é infame” e “estapafúrdia”. Já o advogado Fernando
Castelo Branco, que defende Maristela Temer, disse que “a origem dos valores
utilizados para a reforma de sua residência é lícita e [a filha do
ex-presidente] jamais participou de qualquer conduta voltada à lavagem de
dinheiro”.
Os advogados Cristiano Benzota e Mauricio Leite,
responsáveis pela defesa do coronel Lima e de Maria Rita Fratezi, citaram a
“precipitação da apresentação de denúncias pelo Ministério Público Federal”.
A denúncia é desdobramento do chamado inquérito dos portos,
que investigou se Temer favoreceu empresas do setor portuário com a edição de
um decreto. Ela ocorreu 12 dias após o ex-presidente ser preso pela Lava
Jato do Rio. Ele foi solto no dia 25 de março após decisão do desembargador
Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Fonte: G1
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