O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, que teve o
nome anunciado hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para substituir
Ricardo Vélez Rodriguez, não é um nome ligado à educação. Apesar de atuar como
professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Abraham fez sua
carreira no mercado financeiro, com mais de 20 anos de atuação no setor
bancário, passando pela Quest Investimentos, Banco Votorantim e outras
instituições.
Tanto Abraham como seu irmão, Arthur Weintraub, já atuam no
governo Bolsonaro. Abraham ocupava o cargo de secretário-executivo da Casa
Civil, pasta comandada por Onyx Lorenzoni (DEM). Ele também fez parte da equipe
de transição após a eleição de Bolsonaro, sendo um dos responsáveis pela área
da Previdência.
Abraham acompanhou o presidente na viagem internacional a
Israel, no começo da semana passada, e compareceu à reunião da CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) da Câmara sobre a reforma da Previdência, na
quinta-feira (4).
O novo ministro da Educação já demonstrou simpatia pelas
ideias do escritor Olavo de Carvalho, espécie de guru de Bolsonaro.
Durante a Cúpula Conservadora das Américas, realizada em
Foz de Iguaçu no ano passado, Abraham disse ser preciso combater o pensamento
da esquerda, fazendo o que Olavo de Carvalho manda fazer. "Quando ele [um
comunista] chegar para você com o papo 'nhoim nhoim', xinga. Faz como o Olavo
de Carvalho diz para fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas
racionais", disse.
Na ocasião, ele também afirmou que é preciso vencer o
marxismo cultural nas universidades e atuar para que o Brasil pare de
"fazer bobagem". Do UOL, em São Paulo
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