A desaprovação do governo
Bolsonaro cresce mais rápido entre os nordestinos, eleitores de baixa renda e
pouca escolaridade. É o que aponta a análise dos dados do Ibope feita pelo
jornal Estadão. Parece que os mais carentes estão percebendo mais rápido que
esse governo não é voltado para seus interesses.
Segundo a
diretora-executiva do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, Bolsonaro ganhou um
“voto de confiança” mesmo de setores que votaram mais para Fernando Haddad
(PT), como os mais pobres e os nordestinos.
“Nesses segmentos, porém,
a identificação com Bolsonaro é mais frágil”, observa ela. “A partir do momento
em que o governo passa pelos primeiros desgastes, essa população manifesta seu
descontentamento de forma mais rápida.” Afirmou Márcia.
No Nordeste, de cada dez
eleitores que consideravam o governo bom ou ótimo, quatro já mudaram de ideia.
No Sudeste e no Sul, esse movimento também existe, mas com menor intensidade:
com 30 e 20%, respectivamente.
Na segmentação por renda,
a insatisfação cresce de forma mais nas faixas mais baixas. Entre os mais
pobres (que ganham até dois salários mínimos) que aprovavam o governo em
janeiro, um terço já mudou de opinião.
A queda na aprovação de
Bolsonaro também foi mais expressiva nas capitais. Em janeiro, as taxas de
satisfação nas capitais e no interior eram próximas: 47% e 51%. Em abril,
passaram para 30% e 37%, respectivamente.
Com informações do Estadão.
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