O ex-presidente Lula poderá finalmente ser solto na próxima
terça-feira, dia 23 de abril, após julgamento de seu recurso pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ). Foi o que informou o Blog de Esmael.
A Quinta Turma da corte examinará recursos da defesa do
petista acerca do caso do triplex do Guarujá (SP). Trata-se de um agravo
regimental – recurso que questiona uma decisão individual – em que a defesa do
ex-presidente questiona o fato de o ministro Felix Fischer ter dado uma decisão
monocrática em novembro de 2018 negando o recurso.
Nesta semana, o STJ e o Supremo Tribunal Federal (STF)
enviaram ‘sinais de fumaça’ indicando que libertariam o mais ilustre preso
político do mundo.
Primeiramente, um
ministro do STJ desconsiderou as delações como provas criminais — que
em outros tempos seria um sacrilégio e uma afronta à doutrina lava jato; e, na
sequência, o Supremo
derrubou censura ao ex-presidente que perdurava desde setembro de
2018.
O petista concederá de dentro da cela suas primeiras
entrevistas desde que foi preso há mais de 1 ano. Os jornalistas Mônica
Bergamo, da Folha, e Florestan Fernandes, do El País, deverão ser os primeiros
a entrevistá-lo do cárcere.
Além desse ambiente conturbado por conta de fake news e
ataques a ministros das cortes superiores, com o intuito de chantageá-los,
soma-se fatos novos apresentados pela defesa do ex-presidente no caso tríplex
que não é de Lula.
Dentre os principais argumentos de Lula se destacam: 1- o
fato de a Petrobras reconhecer que não é vítima de corrupção nos EUA; 2-
executivos da OAS combinaram delação contra Lula mediante pagamento
milionários; e 3- o STF entendeu recentemente que crimes comuns com conexão com
os crimes eleitorais são de competência exclusiva da Justiça Eleitoral, qual
seja, a lava jato não teria competência para condená-lo e prendê-lo.
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