O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros
(Abcam), José Fonseca, enviou um ofício nesta segunda-feira (13) ao presidente
Jair Bolsonaro e ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, demandando uma
reunião com a Petrobras para tratar de uma solução para as constantes altas no
preço do diesel, que representa cerca de 50% do valor do frete e que de janeiro
até abril deste ano acumula alta de 24,34%.
A entidade promete realizar uma paralisação de 24 horas no
dia 23 de maio. Após esse período, caso a política de preços da estatal não
seja revista, Fonseca promete uma parada por tempo indeterminado.
A revolta do presidente da entidade que representa cerca de
450 mil caminhoneiros de todo o País é uma resposta ao que ele considera um
descaso com a categoria pelo presidente da Petrobras. “Quando ele escolheu não
participar da audiência pública na Câmara dos Deputados, na quarta passada,
para debater o tema, ele debochou da gente e não vamos tolerar uma postura
dessa. Queremos esse encontro presencial, em um local público para que todos
possam conferir o que vamos mostrar”, diz, afirmando que a intenção do encontro
é mostrar estudos realizados pela equipe técnica da Abcam sobre o tema.
Segundo ele, as análises com base em dados atuais e
históricos revelam que os derivados do petróleo, notadamente o diesel, gasolina
e gás, poderiam ficar significativamente abaixo dos níveis atuais,
preservando-se adequada margem de lucro para a Petrobras. “Temos provas de que
é possível o litro do diesel chegar a R$1. Uma condição necessária para isso é
a preservação das refinarias em mãos da Petrobras, com o que a empresa manteria
a situação de monopolista em produção de derivados, o que é, inequivocadamente,
do interesse da segurança nacional e, portanto, também nosso”, completa.
Por nota, a CNTA afirma não promover greve e que qualquer
decisão sobre uma nova paralisação é prerrogativa da categoria, manifestada em
assembleia dos sindicatos. “A entidade sempre apoiará movimentos que reflitam
os interesses coletivos da categoria, com respeito à ordem pública, às
instituições, às leis e a sociedade como um todo, porém, crê que o momento
atual é o do diálogo e da realização dos compromissos assumidos pelo governo”,
diz documento. A informação é do Blog do Esmael.
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