Os casos prováveis de dengue no Brasil chegaram a 451.685
até o dia 13 de abril, conforme boletim divulgado nesta terça-feira (30) pelo
Ministério da Saúde. O número de ocorrências teve um aumento de 339% em relação
ao mesmo período do ano passado, quando houve 102.681 casos. O número de mortes
também subiu 186,3%, passando de 66 para 123.
Conforme a pasta, 994 municípios - 20% do total pesquisado
- têm alta infestação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Em relação à
dengue, o maior número de pessoas doentes está na Região Sudeste, com 65% dos
casos prováveis.
Oito unidades da Federação apresentaram incidência superior
a 300 casos por 100 mil habitantes. A situação é mais preocupante em Tocantins
e Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, onde a epidemia se concentra no interior, o
índice é de 349,1 casos por 100 mil habitantes.
Moradora de Sorocaba, no interior paulista, a doceira
Clélia Alves, de 34 anos, entrou para as estatísticas. "Quando começou a
dor de cabeça e em volta dos olhos, logo percebi que estava com dengue",
conta ela, que contraiu o vírus em março. "O corpo todo começava a coçar e
à noite eu não dormia de tanta coceira. Depois veio a febre, de 39 graus",
lembra. Clélia se recuperou da doença e agora está em alerta para eliminar os
focos do mosquito na vizinhança.
Conforme o Ministério da Saúde, o aumento no número de
casos mesmo fora do verão se deve a condições ambientais como temperatura
elevada e chuvas. A pasta identificou alta circulação do sorotipo 2 do vírus, o
que contribui para um aumento no número de casos. Quando há mudança no sorotipo
circulante, as pessoas infectadas passam a ter sintomas mais evidentes da
doença. (Estadão Conteúdo)
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