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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Pró-reitor da UFPE não descarta paralisação de atividades após corte de R$ 55,8 milhões


Da Editoria de Política

Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (03), o pró-reitor de Planejamento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Thiago Galvão, alertou que caso o bloqueio de R$ 55,8 milhões anunciado pelo governo Bolsonaro permaneça, parte das atividades do segundo semestre poderão ser canceladas.

"No primeiro semestre o impacto não será tão significativo, mas no segundo semestre pode, inclusive, inviabilizar as atividades. Esses é um processo que vai ser bem discutido junto com o Conselho Universitário, com a administração para ver que atividades serão paradas caso esse bloqueio continue", explicou Galvão.

O corte representa 30% do total anual voltado para manutenção da universidade pernambucana e foi adotado na última quinta-feira (02) pelo governo federal, através do Ministério da Educação. "Além desses recursos bloqueados de manutenção, já vínhamos sofrendo com 90% de corte no investimento. Desde 2013 a 2019, nós temos uma redução de 90% do nosso orçamento de investimento, ou seja, nós não tínhamos recursos para adquirir equipamentos, mobiliários, construção de laboratórios. Isso prejudica bastante nossa atividades de ensino, pesquisa e extensão, sobretudo na graduação e nas pesquisas. Hoje, o bloqueio foi de 55% nesses 10% que restou", lembra.

Do valor total bloqueado, R$ 50 milhões seriam referentes ao orçamento de manutenção da instituição de ensino superior e os R$ 5,8 milhões iriam para aquisições de equipamentos, construção de novos prédios, refrigeração de ambientes entre outros.

"São 40 mil estudantes dentro da Universidade Federal de Pernambuco que dependem de ter energia dentro das salas de aula, que dependem que os equipamentos estejam em condições para realizar pesquisas, para poder concluir sua tese de doutorado, sua dissertação de mestrado", completa Galvão.

Além da UFPE, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Vale do São Francisco, no Sertão do Estado, também sofreram redução de 30%.

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