A velocidade de movimentação da porção inferior
do talude norte, da Mina Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais, na
Região Central de Minas Gerais, chegou a 42,4 centímetros por dia. A informação
foi divulgada, neste domingo (2), pela Agência Nacional de Mineração (ANM).
Na última sexta-feira (31), uma porção do talude se desprendeu e
se acomodou no fundo da cava da mina. De acordo com a Defesa Civil do
estado, o fragmento tinha cerca de 600 m². Segundo o major Marcos Afonso
Pereira, considerando a dimensão do talude, isso representa menos que 1% da
área.
A Vale informou que a Barragem Sul Superior, a 1,5 km do
talude, não foi afetada e que “as primeiras avaliações indicam que o material
está deslizando de forma gradual, o que até o momento corrobora as
estimativas de que o desprendimento do talude deverá ocorrer sem maiores consequências”.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 27 militares estão na
região da Barragem Sul Superior, de prontidão, com 10 viaturas.
A princípio, a mineradora, a Defesa Civil e a ANM temiam
que a constante movimentação do talude provocasse a sua queda de
forma brusca. Em um cenário mais grave, a vibração do colapso poderia causar o
rompimento da Barragem Sul Superior, que está em nível máximo de alerta
desde março.
Esta barragem foi construída pelo método de “alteamento a
montante”, o mesmo usado nas barragens que se romperam em
Brumadinho e em Mariana.
Fonte: G1
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