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Os protestos que integram a greve nacional, nesta
sexta-feira (14), já começaram. Na BR-101, em Igarassu, na Região Metropolitana
do Recife (RMR), manifestantes bloquearam os dois sentidos da via desde as
3h50, quando colocaram entulhos na pista, deixando apenas uma faixa livre em
cada sentido.
Por volta das 7h, a Polícia Rodoviária Federal (PRF)
retirou os materiais e liberou a via. Já no quilômetro 145 da BR-232, em São
Caetano, no Agreste de Pernambuco, o trânsito também está bloqueado.
A greve
O objetivo dos atos é combater a reforma da Previdência. do
Ministro Paulo Guedes, que teve seu relatório lido nessa quinta-feira (13), na
Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Segundo os manifestantes, a reforma
tirará direitos dos aposentados.
Em Recife, os manifestantes se concentrarão na Rua do Sol,
no cruzamento da Rua do Sol com a Avenida Guararapes, no Centro da Cidade, a
partir das 14h. De acordo com a organização do protesto, o ato contará com a
participação de várias categorias de "trabalhadoras e trabalhadores,
organizações de mulheres, estudantis, negros, LGBT e populares".
A mobilização foi convocada nos protestos contra o
contingenciamento de recursos para as universidades e institutos federais feito
pelo Ministério da Educação. Mais de 10 categorias aderiram ao ato, promovido
por nove centrais sindicais.
Mudanças em benefícios
A exclusão das mudanças no Benefício de Prestação
Continuada (BPC), na aposentadoria rural e do regime de capitalização eram os
principais pontos questionados pela oposição e pelo movimento sindical. A
retirada desses pontos também ganhou o apoio de líderes partidários favoráveis
à reforma.
“Vamos fazer a greve e depois vamos avaliar os próximos
passo da luta. O governo fez um movimento que aponta para minimizar as
questões, mas a reforma é tão perniciosa que a gente precisa tratar a miudeza.
A greve está mantida e é uma decisão nacional. Faremos uma grande greve”, disse
Paulo Rocha, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), após
participar de reunião com movimentos sociais.
Ele também falou de uma instabilidade do governo. “Veja que
o governo diz uma coisa de manhã, outra de meio-dia, outra de noite e outra de
madrugada”, criticou Rocha.
Para o dirigente sindical, uma proposta de reforma
tributária teria prioridade sobre as mudanças no sistema previdenciário, no
momento. “O que a gente entende é que neste momento precisa ser feita uma
reforma tributária para resolver as questões, inclusive, com rebatimento na
questão da Previdência”, pontuou.
Também integram o movimento a Força Sindical de Pernambuco,
a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Sindical
e Popular Conlutas (CSP Conlutas), a Intersindical, Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Nova Central e a UGT (União Geral dos
Trabalhadores).
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