Estadão Conteúdo
O governo da Alemanha decidiu reter uma nova doação de 35
milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 151 milhões para o Fundo Amazônia.
O país já repassou R$ 193 milhões para o programa.
A decisão de segurar o novo aporte, conforme apurou o
jornal O Estado de S. Paulo, está relacionada às incertezas que rondam o futuro
do programa. A doação será retida enquanto o governo Bolsonaro não anunciar,
claramente, o que pretende fazer com o principal programa de combate ao
desmatamento do País.
Na tarde desta quarta-feira (3) o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, esteve reunido com embaixador da Alemanha, Georg
Witschel, e o embaixador da Noruega, Nils Martin Gunneng. Na conversa, que
durou 45 minutos, trataram de temas gerais do fundo.
Salles se comprometeu a entregar, no dia 15 de julho, uma
minuta de decreto com os detalhes do que pretende alterar na gestão do fundo.
Assuntos como o uso dos recursos do fundo para bancar indenizações fundiárias
na Amazônia, que hoje é proibida pelo programa, ficaram de fora da conversa.
A reportagem apurou que o encontro teve um clima amigável.
Os países sinalizaram o interesse de continuar a colaborar com o programa, mas
não assumiram nenhum compromisso e vão aguardar o que, na prática, o governo
pretende fazer.
A Noruega, que já colocou R$ 3,186 bilhões no programa
brasileiro, que é administrado pelo BNDES, responde por 94% do montante de R$
3,396 bilhões recebidos. Os noruegueses também sinalizam interesse de continuar
no programa, mas declararam que isso ocorrerá "desde que esses ajustes
contribuam para reduzir o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável
na região amazônica."
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