O Procurador da República Deltan Dallagnol recebeu por uma
palestra R$ 33 mil de uma firma do setor de tecnologia, a Neoway, que é citada
em um acordo de delação premiada feito coma força-tarefa da Operação Lava-Jato.
A informação é do jornal Folha de S.Paulo e do site The
Intercept Brasil, publicados nesta sexta-feira (26), com base em supostas
mensagens trocadas entre Dellagnol, outros procuradores e o ex-juiz e atual
ministro da Justiça, Sérgio Moro.
A Neoway, que contratou Dellagnol, foi mencionada pela
primeira vez em um chat de conversas envolvendo o próprio Dellagnol e outros
procuradores, em 2016. Dois anos após a palestra proferida pelo coordenador da
força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, no Paraná.
Ainda de acordo com as apurações da Folha de S.Paulo e The
Intercept Brasil, Dellagnol também aproximou a Neoway de procuradores para que
produtos da empresa pudessem ser usados em um trabalho da força-tarefa.
Além disso, Dellagnol gravou um vídeo fazendo propaganda
das ferramentas tecnológicas desenvolvidas pela Neoway. Conforme a Folha de
S.Paulo, Dellagnol negou qualquer ilícito em sua conduta, afirmando que não
sabia, quando aceitou fazer a palestra e gravar o vídeo, que a empresa
estava envolvendo em acordo de delação premiada na Lava-Jato. Por: Estado de Minas
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