Deputados de oposição e de partidos de centro preparam uma
ofensiva para tentar encurralar o ministro Sergio Moro (Justiça) e fazer com
que ele entre em contradição em audiência na Câmara na tarde desta terça-feira
(2).
Moro deve ser ouvido em sessão conjunta de três comissões
da Casa (de Constituição e Justiça, de Trabalho e de Direitos Humanos), a
partir das 14h, dois dias depois de atos pelo país o exaltarem.
Assim como aconteceu no Senado no último dia 19, a ideia é
que o ministro dê explicações sobre as mensagens trocadas entre ele e
procuradores da Lava Jato, reveladas pelo site The Intercept Brasil e agora
também analisadas pela Folha de S.Paulo.
Deputados ouvidos pela reportagem dizem que a ideia é que a
audiência na Câmara tenha um tom mais combativo do que a ocorrida no Senado.
A avaliação geral é a de que as manifestações de domingo
(30), que deram apoio ao ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, foram menores
do que os atos pró-governo de 26 de maio.
A estratégia dos deputados nesta terça é tentar explorar
possíveis contradições do ex-juiz. A ordem é que os parlamentares formulem
perguntas que forcem Moro a dar respostas mais categóricas.
A articulação, afirmam, leva em conta a possibilidade de o
ministro ser questionado no futuro, quando novos diálogos forem divulgados.
Parlamentares do PT, do PSOL e do PC do B se reuniram na
noite desta segunda (1º) em Brasília para definir a atuação conjunta.
Integrantes de partidos de centro também devem se aliar à ofensiva.
As assessorias jurídicas dos partidos preparam um arsenal
de questionamentos para municiar os deputados. Os técnicos se debruçaram sobre
os diálogos revelados desde a sessão do Senado para tentar desconstruir a
versão que Moro tem apresentado. Por Folha Press/Diário de Pernambuco
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