Numa articulação para tentar evitar a privatização de
empresas do setor elétrico brasileiro, foram lançadas conjuntamente cinco
Frentes Parlamentares, nesta quarta-feira (3), na Câmara dos Deputados. Entre
elas, está a Frente Parlamentar em Defesa da Chesf (Companhia Hidroelétrica do
São Francisco), presidida pelo deputado federal Danilo Cabral (PSB). Em seu
discurso, ele destacou que o grupo de parlamentares que busca lutar contra a
tentativa de desmonte e venda de estatais estratégicas para a soberania
nacional.
“Os valores que defendemos envolvem a soberania do país, a
afirmação da democracia e o direito ao prestador de serviços. Por exemplo, o
que seria da Chesf e do povo do Nordeste se ela não fosse uma empresa pública?“,
afirmou Cabral.
O deputado lembrou que a iniciativa de desestatização da
Eletrobrás pelo governo do ex-presidente Michel Temer foi derrotada pelo
Congresso Nacional. “Nós vencemos, lá atrás, uma batalha importante de uma
guerra que está em curso e precisamos reforçar a nossa unidade, que vai nos
fazer impor uma nova derrota ao governo“, acrescentou.
O deputado ressaltou a importância da Chesf para o
Nordeste, com impactos decisivos para o desenvolvimento da região. Ele reforçou
que a água do São Francisco gera energia, irrigação e desenvolvimento regional
para a população. “A Chesf e o São Francisco vão levar água para 12 milhões de
nordestinos, que há 500 anos esperam pelo direito ao acesso à água. É
importante reforçar essa unidade e saber fazer chegar ao povo brasileiro”,
disse.
Protocolo
Além disso, Danilo Cabral protocolou um projeto de lei (PL
3.091/2019), que trata sobre a necessidade de análise do Poder Legislativo para
a venda de nove estatais, como Eletrobrás, Petrobras, Banco do Brasil, Banco do
Nordeste, Correios, e suas respectivas subsidiárias. De acordo com proposta
apresentada pelo parlamentar, seria obrigatória aprovação de lei para
privatizá-las. O projeto foi subscrito por 17 parlamentares de cinco partidos
(PSB, PT, Podemos, PDT e PCdoB) e está em tramitação na Casa. Durante o evento,
também houve o lançamento das frentes em defesa da Eletrobrás, da Eletrosul, da
Eletronorte e do setor elétrico brasileiro.
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