Líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ)
disse na tarde desta quinta-feira, 11, que está sendo negociado com o governo e
o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um destaque que reduz de 20 para
15 anos o tempo mínimo de contribuição para homens. Para as mulheres, o texto
atual já traz o período de 15 anos.
Segundo ele, Maia e o líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro,
se sensibilizaram com a questão, porque, de acordo com Molon, o tempo mínimo de
contribuição em 20 anos é o ponto que mais afeta pessoas de baixa renda. O
parlamentar também afirmou que o secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho, foi chamado para ouvir a proposta, e que a equipe econômica
fará os cálculos do impacto da medida.
"Estão analisando a possibilidade de aceitar esse
destaque do PSB, alterando também o cálculo", observou Molon. Na proposta
atual, com 20 anos de contribuição, o benefício será de 60% da média salarial
de contribuição, subindo dois pontos porcentuais para cada ano a mais de
trabalho. Para amenizar o impacto econômico, a sugestão dada pela oposição foi
de que essa escalada seja de 1,6 ponto por ano, e não de dois. Questionado logo
após a declaração de Molon, Marinho não se manifestou sobre o ponto.
IMPACTOS
Já o líder do MDB, Baleia Rossi, afirmou a jornalistas que
estão sendo avaliados no momento os impactos de algumas das mudanças propostas,
mas destacou que, se a perda econômica for grande, não será feito acordo.
Baleia também avaliou que é possível hoje o plenário analisar os destaques,
votando o segundo turno na sexta. O líder do MDB disse também que está
"praticamente fechado" o acordo relativo aos destaques dos policiais,
mulheres e professores. (Estadão Conteúdo)
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