JC Online com informações da agência Estado
Conhecida por ser a advogada do impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a deputada estadual Janaina Paschoal
(PSL-SP) afirmou que Eduardo Bolsonaro (PSL) deveria recusar o convite para se
tornar embaixador do Brasil nos Estados Unidos por causa dos seus eleitores.
Segundo a advogada, o parlamentar que ocupa uma cadeira na Câmara dos Deputados
precisa se lembrar dos dois milhões de eleitores que o elegeram nas eleições
passadas.
"Eduardo tem muito a fazer na Câmara e na Presidência
Estadual do PSL. Sei que o convite é muito tentador. Mas o certo é recusar. Ele
assumiu responsabilidades no Brasil. Precisa cumprir. Basta agradecer a
deferência e declinar", disse Janaina pelo Twitter.
Ainda de acordo com a parlamentar, esse trabalho seria do
pai, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e não dele. Janaina conclui a publicação
sobre o assunto afirmando que crescer significa que Eduardo precisará dizer não
ao pai.
Votos
Para ter sua nomeação como embaixador confirmada, Eduardo
deverá passar por uma sabatina na comissão e, em seguida, ser submetido a uma
votação secreta. Depois, é a vez de o plenário do Senado dizer se aceita ou não
o escolhido pelo presidente. Ele precisará do voto favorável da maioria dos 81
senadores - também em votação secreta.
Conforme registros da Comissão de Relações Exteriores,
apenas uma indicação presidencial para embaixador foi rejeitada ao longo da
história. Em 2015, a então presidente Dilma Rousseff enviou o nome de Guilherme
Patriota, irmão do ex-chanceler Antônio Patriota, para a vaga de embaixador do
Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), mas ele não teve aval da
maioria dos senadores.
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