O PT apresentou uma comunicação de crime contra o ministro
da Justiça, Sérgio Moro, nesta sexta-feira (26). No documento, enviado à
Procuradoria Geral da República (PGR), a legenda alega que Moro cometeu crime
ao acessar inquérito que corre sob sigilo na Polícia Federal.
Na peça, assinada pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann
e pelo deputado Paulo Pimenta, o partido destaca que Moro informou alvos de
hackeamento que eles tiveram os celulares invadidos, o que indica que ele teve
acesso a investigação, mesmo sem ser parte no caso.
"Inicialmente, cumpre destacar o espantoso fato de o
Ministro da Justiça ter acesso a dados de uma investigação sigilosa recém-instaurada
pela Polícia Federal", destaca um trecho do documento.
Os autores alegam ainda que Moro afirmou ao presidente do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), Otávio Noronha, que destruiria diálogos
apreendidos com hackers. O PT pede, no documento enviado à PGR, a prisão de
Sérgio Moro e o afastamento do cargo público.
Em entrevista ao Correio, o ministro Marco Aurélio Mello,
do Supremo Tribunal Federal (STF), informou que apenas a Justiça poderia
autorizar a inutilização de qualquer prova apreendida na operação policial. A
PF informou que o material apreendido será preservado. Por: Correio Braziliense
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