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sábado, 13 de julho de 2019

Selfies matam cinco vezes mais que ataques de tubarão


Depois de virar uma sensação global na última década, as selfies mataram cinco vezes mais pessoas do que os ataques de tubarão. E a tendência aumenta, com o surgimento de acessórios e a sofisticação crescente dos smartphones.

Entre outubro de 2011 e novembro de 2017, pelo menos 259 pessoas morreram tirando selfies em diferentes lugares no mundo, cinco vezes mais que os 50 mortos em ataques de tubarão, segundo a publicação indiana Journal of Family Medecine and Primary Care.

Embora as mulheres tirem mais selfies, são os homens jovens, com predisposição a comportamentos de risco, que respondem por três quartos das estatísticas de letalidade.
Eles morrem em colisões, afogamentos, quedas ou acidentes com armas de fogo.

A Índia, com seus 800 milhões de celulares, detém o recorde mundial de morte por selfies neste período, com 159 mortos. É seguida por Rússia, Estados Unidos e Paquistão. As cifras mostram a paixão nacional pelas selfies coletivas e da juventude da população.

Jovens na Índia têm morrido atropelados por trem ou afogados depois que sua embarcação naufragou no momento de tirar uma selfie. Esta situação levou o país a estabelecer "zonas livres de selfies", dezesseis delas em Mumbai.

A Rússia contabilizou 16 mortes no mesmo período. Em busca da selfie perfeita, cidadãos russos morreram caindo de pontes ou prédios altos, atirando em si próprios ou manipulando uma mina antipessoal.

Em 2015, a Polícia russa publicou um guia de "selfies sem perigo", advertindo que "uma selfie chamativa pode te custar a vida".

Nos Estados Unidos, com 14 mortes nos anos revistos pela publicação, foi registrada a maior parte das selfies mortais em acidentes com armas de fogo. O parque nacional do
Grand Canyon, no Colorado, também tem sido o cenário de tragédias com turistas que caem no vazio tentando fotografar a si próprios.

Nas montanhas da Croácia, equipes de socorro pedem aos turistas no Twitter para "parar de tirar selfies estúpidas e perigosas", depois que um canadense sobreviveu milagrosamente a uma queda de 75 metros na região dos lagos de Plitvice.

Em janeiro, a consternação se abateu sobre milhares de seguidores de Gigi Wu, uma celebridade das redes sociais de Taiwan, conhecida por escalar montanhas e posar de biquíni em cumes. Ela morreu ao cair de um penhasco durante uma escalada em seu país de nascimento.


Por: AFP - Agence France-Presse

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