A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou
hoje (30) que a bandeira tarifária para setembro de 2019 continuará na cor
vermelha no Patamar 1, a mesma de agosto. Isso significa que haverá uma
cobrança extra de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em julho
vigorou a cobrança da bandeira tarifária amarela, na qual há um acréscimo de R$
1,50 a cada 100 kWh consumidos.
De acordo com a Aneel, a decisão de manter a bandeira no
patamar vermelho 1 foi tomada devido ao fato de uma parcela significante
da energia ser fornecida por meio de usinas termelétricas, que têm custo de
geração de energia mais alto. Também pesou na decisão a diminuição do volume de
chuvas, com a intensificação da estação seca.
"Setembro é um mês típico do final da estação seca nas
principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). A
previsão hidrológica para o mês sinaliza permanência do quadro de estiagem, com
vazões abaixo da média histórica", disse a Aneel.
Bandeiras
Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias
sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom
uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as
cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia
custará mais ou menos com fbase nas condições de geração.
O cálculo para acionamento das bandeiras tarifárias leva em
conta, principalmente, dois fatores: o risco hidrológico– GSF, na sigla em
inglês, e o preço da energia (PLD). Segundo a agência, o cenário favorável
reduziu o preço da energia para o patamar mínimo, o que "diminui os custos
relacionados ao risco hidrológico e à geração de energia de fontes
termelétricas", possibilitando a manutenção dos níveis dos principais
reservatórios próximos à referência atual.
No dia 21 de maio, a agência aprovou um reajuste no valor
das bandeiras tarifárias. Com os novos valores, caso haja o acionamento, o
acréscimo cobrado na conta pelo acionamento da bandeira amarela passou de R$ 1
para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira vermelha patamar 1 passou
de R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh e, no patamar 2 da bandeira, passou de R$ 5
para R$ 6 por 100 kWh consumidos. A bandeira verde não tem cobrança
extra.
Os recursos pagos pelos consumidores vão para uma conta
específica e depois são repassados às distribuidoras de energia para compensar
o custo extra da produção de energia em períodos de seca. Com informações da Agência Brasil.
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