Aquecendo o circuito audiovisual no Sertão do Pajeú, o
tradicional Festival de Cinema de Triunfo dá início nesta segunda (05) a sua
12ª edição, que se estende até o sábado (10). Durante cinco dias, o evento
promoverá mostras gratuitas de curtas e longas-metragens, oficinas de formação,
debates públicos, além de homenagens a ícones do cinema pernambucano. Este ano,
os escolhidos foram o cineasta Kléber Mendonça Filho e a atriz Lívia Falcão.
Serão mais de 70 filmes exibidos no histórico Cineteatro
Guarany. Desse número, 33 deles – selecionados entre uma lista de inscrição com
mais de 300 obras – concorrerão a honrarias nas mostras competitivas. Além de
prêmios em dinheiro, variando entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, as produções disputam
os troféus em categorias de Melhor Longa-Metragem, Melhor Curta-metragem
nacional, pernambucano, infantojuvenil, dos Sertões e o tradicional troféu
Careta.
“A interiorização e democratização que o festival traz não
se resume a acontecer em uma cidade no interior, mas também em prestigiar e
exibir produções da região”, destaca Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.
Nesse sentido, a curadoria do festival prezou pela diversidade. Dos 33
selecionados, 15 são pernambucanos, com mais da metade dirigido por mulheres –
número que se estende a 17, no geral.
O festival também conta com outras sessões especiais. Entre
elas, a VerOuvindo – exibindo filmes com acessibilidade comunicacional– a
Criancine e a Cinema no Interior. Além delas, ocorrem mostras como a
Cineclubista, Bela Criativa, Sesc, Semas, e a nova Mostra Absurda com obras
nordestinas que propõe outras linguagens no campo da ficção.
PARALELO
Outro destaque desta edição foi o investimento em
atividades paralelas, como debates (que agora acontecerão na praça) e oficinas
– todas concebidas com ênfase na teoria e prática. Por exemplo, o júri popular,
que também irá julgar filmes das mostras, será composto por alunos da Oficina
de Crítica Cinematográfica, ministrada pelo professor da UFPE Rodrigo Carrero.
Além disso, a oficina Documentando, com Marlon Meirelles, possibilitará aos
jovens a oportunidade de realizar um documentário digital. A tecnóloga Márcia
Lohss também estará presente com o interessante curso Atuação Orgânica, dando
ênfase em técnicas de atuação.
“O festival é um entre quinze que acontecem em Pernambuco.
E nesse, importante ressaltar, o estado é o grande organizador, consolidando
uma política em Pernambuco que, mesmo com essa batalha que acontece na Ancine,
segue apoiando a produção no nosso território”, ressaltou o secretário de
Cultura, Gilberto Freyre Neto.
A Cepe também marca presença em Triunfo. A editora irá
levar a Tenda Literária Cepe, com palestras e debates ligadas a sétima arte –
com a participação de nomes como Emilie Lesclaux, Luciana Veras, Ana Farache,
Paulo Cunha e Luiz Joaquim.
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