Entre aliados, os 25 anos do deputado federal João Campos
costumam gerar argumentos iniciados com a expressão "apesar da pouca
idade" e ela, em geral, vem sucedida por elogios ao desempenho do herdeiro
de Eduardo Campos.
De outro lado, na oposição, parlamentares têm apontado essa
juventude como ponto negativo, capaz, na análise de oposicionistas, de gerar
desconfiança no eleitor em 2020. Protagonista do projeto majoritário do PSB
para o pleito do ano que vem no Recife, João não se intimida em razão da pouca
idade e defende o seguinte: "Eu acho até uma virtude você ter pouca
idade". E emenda: "A jovialidade representa uma vontade, um desejo de
trabalhar, você ser incansábel nos sonhos, no que você deseja construir e, se
você tem pouca idade - talvez 25 anos possa ser pouca idade para alguns - há
uma possibilidade de você se dedicar em dobro, trabalhar em dobro, estudar em
dobro e com tudo isso, aí, você ganha experiência". Daí, ele argumenta:
"Tudo na minha vida começou cedo". Então, lista a trajetória:
"Passei no vestibular de engenharia no 2º ano do ensino médio, no curso
que queria, na UFPE. Dentro do curso, adiantei para me formar em quatro anos e
meio.
Tive oportunidade de fazer iniciação científica, trabalhar em
consultoria, no chão de obra e tudo começou cedo, até minha própria
candidatura". João fez essas considerações, ontem, em entrevista à Rádio
Folha FM 96,7.
O socialista prossegue: "Fui o deputado mais novo
eleito e isso não me impediu de ser mais votado da história do Estado, mostra
que o povo confiou. Então, o povo percebe não pela idade, mas pela forma que
cada um se portar diante da situação. Maturidade não necessariamente está
vinculada à idade". Nas coxias da oposição, há quem questione se o eleitor
vai preferir "a juventude ou a experiência" e pesquisas qualitativas
já foram encomendadas para aferir. Para Câmara Federal, João teve 460.387
votos. Em segundo lugar, ficou Marília Arraes, com 193.108, que também tem
planos majoritários, mas está no PT, que segue alinhado ao PSB. (Folha Política)
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