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terça-feira, 20 de agosto de 2019

Morte de abelhas é investigada no Vale do São Francisco


Foto: Divulgação/Cemafauna
Marília Banholzer

Está prevista para o início do mês de setembro uma reunião entre o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e órgãos ligados à agropecuária no Vale do São Francisco. O tema será a investigação do que pode estar causando a morte de abelhas na região. O caso está sendo acompanhado pela promotora de Justiça Rosane Moreira Cavalcanti. Para o encontro estão convidadas a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa); a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); e as Agências Nacional (Anvisa) e Municipal de Vigilância Sanitária.

De acordo com o Centro de Manejo de Fauna da Caatinga da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Cemafauna – Univasf), em setembro do ano passado, criadores de abelhas da região procuraram a instituição para investigar o motivo da morte e desaparecimento dos insetos. A partir de então a situação vem sendo analisada pela pesquisadora Aline Andrade e Silva, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

"Diversos fatores podem estar relacionados, como a redução da vegetação natural que vem dando espaço a monocultura dos tradicionais cultivos aqui da região, ao mesmo questões climáticas. No entanto, as análises iniciais feitas nas abelhas mortas e no mel, comprovam a presença de resíduo de substâncias químicas nas áreas cuticulares (pele) de abelhas e no próprio mel", explicou a bióloga que tem pós-doutorado em genética e evolução de abelhas.

Aline reforça que o estudo está em andamento e não há conclusões de que os defensivos possam ser a causa direta da morte dos insetos. Segundo ela, os materiais colhidos para estudo estão sendo analisados em parceria com Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, e a Universidade de Cardiff, na Inglaterra. Já foram analisados 468 lotes de mel e 1003 abelhas encontradas mortas em locais distintos. Até o fim deste ano, a equipe técnica da Cemafauna irá divulgar um relatório conclusivo sobre o caso.

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