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terça-feira, 20 de agosto de 2019

Pernambuco ganhará escola gratuita de eletricistas exclusiva para mulheres


Lucas Moraes

Pernambuco irá ganhar uma escola gratuita de eletricistas exclusiva para mulheres até 2020. A unidade fará parte da rede de escolas que estão sendo implementadas nos estados de atuação do grupo Neoenergia (Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo) para formação das profissionais na área e consequente contratação da companhia, a depender da demanda.

Nesta segunda-feira (19), a primeira escola foi lançada na sede da Coelba - companhia de distribuição da Neoenergia na Bahia. Antes, o grupo já mantinha 27 escolas de eletricistas para homens e mulheres no País, tendo 629 alunos formados e mais da metade contratados pela própria Neoenergia. "Temos cursos de eletricistas que misturam homens e mulheres, mas observamos que numa turma grande tinha em média duas ou três presenças femininas. Uma mulher eletricista era algo que ninguém acreditava, e hoje nós sabemos que isso é possível. As mulheres atuam nessa área e de forma capacitada", diz o diretor de gestão de pessoas da Neoenergia, Bruno Coelho.

Turmas em Salvador

Até 2020, a meta é chegar a 43 escolas e mais de 2 mil alunos formados, com pelo menos uma unidade exclusiva para mulheres também nos Estados onde a Neoenergia controla distribuidoras, incluindo Pernambuco. Em Salvador, a primeira escola abre com 25 vagas em quatro turmas. "Estamos inaugurando um novo investimento que gostamos de fazer: em pessoas. Mulheres têm que ter daqui para frente um papel de destaque. Podem entrar como eletricistas, mas vão percorrer essa empresa. Nos últimos anos temos investido na ordem de R$ 65 bilhões no Brasil, e temos um plano nos próximos cinco anos da ordem de R$ 25 a R$ 30 bilhões", garante o ceo da Neoenergia, Mario Ruiz.

Desse montante, segundo ele, 60% está voltado para o segmento de distribuição. Só em terras pernambucanas serão investidos algo em torno de R$ 1,2 bilhão por ano em meia década.

Carga horária

O curso de eletricista é voltado às mulheres a partir dos 18 anos e tem carga de 596 horas. Aprovadas no processo seletivo, as alunas adquirem as habilidades de eletricista instalador residencial e comercial, num primeiro módulo, além de eletricista de redes de distribuição, no segundo módulo. Na Bahia, o projeto conta com apoio do governo estadual e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). (Jc Online)

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