Em julho, o desmatamento no estado do Pará representou 40%
dos 2.254 km2 de áreas devastadas na Amazônia Legal identificadas pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Helder Barbalho (MDB),
governador do estado, reconhece o descontrole da situação e prevê consequências
econômicas internas e externas se o quadro não for revertido. Recentemente, ele
fechou uma parceria com o banco estatal alemão KfW para financiar instrumentos
de combate à derrubada das florestas.
Diante da perda de recursos do Fundo Amazônia, Barbalho
teme que o país seja alvo de outras retaliações de nações engajadas no debate
sobre preservação ambiental:
“Eu não descarto a possibilidade de sofrermos embargos de
países sensíveis a esta causa como contraponto a um avanço desordenado do
desmatamento”, argumentou o político, responsável por um território de 1,25
milhões de km2, dimensões superiores às de vizinhos latino-americanos como
Colômbia e Venezuela.
O acordo formalizado com o KfW começou a ser negociado em
2016 mas só foi retomado neste ano e prevê o aporte de 12,6 milhões de euros, o
equivalente a R$ 57 milhões, que será destinado à construção de cinco bases de
monitoramento sob a tutela da secretaria estadual de Meio Ambiente e
Sustentabilidade.
A ideia, segundo Barbalho, é descentralizar as
fiscalizações e aumentar sua eficiência, de olho nas áreas mais sensíveis à
extração ilegal de madeira e atividade rural irregular, como o Oeste e o Sul
paraenses. O governo, segundo ele, tem sido apoiado pelo Inpe, além do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e o
Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).
Na última segunda-feira, segundo o governador, a Polícia
Militar atuou em conjunto com o Ibama na Operação Falcão Peregrino, que
apreendeu 600 toras de madeira, rifles e munições em cinco cidades do estado.
Fonte: Época
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