A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, apresentou
nesta segunda-feira (26), em Porto Alegre, o Plano Emergencial de Emprego e
Renda, elaborado pelo partido como alternativa à situação de desemprego,
endividamento e perda de renda no país. Elaborado pela Fundação Perseu Abramo e
pela assessoria das bancadas do no Senado e na Câmara, o plano está dividido em
nove pontos e propõe para a sua concretização a utilização de recursos já
previstos no Orçamento da União e de parte da cessão onerosa do pré-sal. Ao
apresentar as linhas gerais do plano, na Assembleia Legislativa gaúcha, Gleisi
Hoffmann definiu o governo de Jair Bolsonaro como um “governo de destruição
nacional” e a situação social do Brasil como “dramática”.
“O país tem cerca de 13 milhões de desempregados, para não
falar do grande número de pessoas que está em situação de sub-emprego. Já
estamos com cerca de 7 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza,
um problema que tínhamos superado. Além disso, temos 62 milhões de pessoas
endividadas, sem crédito e sem capacidade de consumo”, disse a presidente do
PT.
O plano emergencial baseia-se também no diagnóstico de que
não há nada no horizonte que aponte uma recuperação da economia brasileira e
uma reversão dos números citados acima. “As reformas ultra-liberalizantes e a
ortodoxa fiscal da gestão Guedes Bolsonaro estão desmontando e comprometendo
estruturas fundamentais para o desenvolvimento da indústria e da economia
brasileira”, avalia o documento elaborado pelo PT.
1. Programa Empregos
Já: contratação emergencial de 3 milhões de pessoas para trabalhos temporários
de zeladoria e recuperação urbana, como limpeza, poda de árvores, manutenção de
ruas e calçadas.
2. Retomada de obras
paradas: No Brasil, existem hoje cerca de 7.400 obras paradas. A ideia é
retomar essas obras, gerando empregos no curto prazo e reativando
infraestrutura necessária para o país voltar a crescer.
3. Reativação do Minha
Casa Minha Vida: Hoje, o governo reduziu o programa em 75%. Com o plano, seria
possível voltar a construir cerca de 500 mil unidades/ano, gerando milhares de
empregos.
4. Aumento real do
salário mínimo: voltar a aumentar o salário mínimo anualmente, acima da
inflação, beneficiando diretamente mais de 48 milhões de brasileiros.
5. Fortalecimento do
Bolsa Família: ampliar o número de famílias atendidas para enfrentar o
ressurgimento da pobreza e da miséria.
6. Renegociação de
dívidas: renegociação de dívidas a juros baixos, permitindo que milhões de
pessoas possam voltar a consumir.
7. Utilizar o pré-sal
para estimular a indústria brasileira: preço dos combustíveis pode ser mais
barato e estável.
8. Destravar o BNDES:
o banco deve voltar a investir na indústria local, aumentando a produção e
gerando empregos.
9. Correção da tabela
do IR: a tabela do IR deve voltar a ser corrigida pela inflação, o que não
acontece desde 2015, beneficiando milhões de famílias, que reverterão esse
ganho em capacidade de consumo. Fonte: Sul21
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