O Observatório do Clima, grupo que reúne cerca de 50
organizações não governamentais do País, reagiu às insinuações feitas hoje pelo
presidente Jair Bolsonaro – de que ONGs estariam envolvidas em relação às queimadas da Amazônia –
e afirmou que o recorde de focos de incêndio observados neste ano é apenas “o
sintoma mais visível da antipolítica ambiental do governo de Jair Bolsonaro”.
Em nota divulgada à imprensa, a coordenação do OC pontuou
que as ações do governo federal contribuíram para o aumento do desmatamento na
região e que “o fogo reflete a irresponsabilidade do presidente com o bioma que
é patrimônio de todos os brasileiros, com a saúde da população amazônida e com
o clima do planeta, cujas alterações alimentam a destruição da floresta e são
por ela alimentadas, num círculo vicioso”.
O número de queimadas em todo o Brasil neste ano já é
o mais alto dos últimos sete anos, conforme mostrou o Estado na
segunda-feira. Desde 1.º de janeiro até esta terça-feira, 20, foram
contabilizados 74.155 focos, alta de 84% em relação ao mesmo período do ano
passado, de acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), que contabiliza esses dados desde 2013.
Um pouco mais da metade (52,6%) desses focos vem ocorrendo
na Amazônia, com o Mato Grosso na liderança. As queimadas já superam em 8% o
recorde de 2016, um ano de extrema seca, que tinha registrado 68.484 focos no
mesmo intervalo de tempo.
Considerando apenas o bioma Amazônia, eram 39.033 focos de
calor até o dia 20 – alta de 140% em relação ao ano passado e de 70% em relação
à média dos três anos anteriores. “Dois Estados criticamente atingidos,
Rondônia e Acre, registram emergência de saúde devido à poluição do ar. A pluma
de fumaça atingiu a cidade de São Paulo e várias outras no Centro-Sul do país”,
escreve a organização. Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário