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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

‘Recorde de queimadas reflete irresponsabilidade de Bolsonaro’, rebatem ONGs


O Observatório do Clima, grupo que reúne cerca de 50 organizações não governamentais do País, reagiu às insinuações feitas hoje pelo presidente Jair Bolsonaro – de que ONGs estariam envolvidas em relação às queimadas da Amazônia – e afirmou que o recorde de focos de incêndio observados neste ano é apenas “o sintoma mais visível da antipolítica ambiental do governo de Jair Bolsonaro”.

Em nota divulgada à imprensa, a coordenação do OC pontuou que as ações do governo federal contribuíram para o aumento do desmatamento na região e que “o fogo reflete a irresponsabilidade do presidente com o bioma que é patrimônio de todos os brasileiros, com a saúde da população amazônida e com o clima do planeta, cujas alterações alimentam a destruição da floresta e são por ela alimentadas, num círculo vicioso”.

O número de queimadas em todo o Brasil neste ano já é o mais alto dos últimos sete anos, conforme mostrou o Estado na segunda-feira. Desde 1.º de janeiro até esta terça-feira, 20, foram contabilizados 74.155 focos, alta de 84% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que contabiliza esses dados desde 2013.

Um pouco mais da metade (52,6%) desses focos vem ocorrendo na Amazônia, com o Mato Grosso na liderança. As queimadas já superam em 8% o recorde de 2016, um ano de extrema seca, que tinha registrado 68.484 focos no mesmo intervalo de tempo.

Considerando apenas o bioma Amazônia, eram 39.033 focos de calor até o dia 20 – alta de 140% em relação ao ano passado e de 70% em relação à média dos três anos anteriores. “Dois Estados criticamente atingidos, Rondônia e Acre, registram emergência de saúde devido à poluição do ar. A pluma de fumaça atingiu a cidade de São Paulo e várias outras no Centro-Sul do país”, escreve a organização. Fonte:Estadão

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