Fonte: Jamil Chade/Uol
Atacada pelo presidente Jair Bolsonaro, a ex-presidente do
Chile se recusa a comentar se considera que Lula é ou não responsável pelos
crimes que pesam sobre ele. Ela foi citada por Leo Pinheiro, da OAS, em um
repasse de dinheiro. Mas nega qualquer envolvimento.
GENEBRA – A Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU e
ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, afirmou que existem "muitas
dúvidas" sobre o processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, condenado no Brasil.
Em entrevista à Televisão Nacional do Chile (TVN), na noite
deste domingo, ela deixou claro que não iria se pronunciar sobre as acusações
que pesam contra o brasileiro, alegando desconhecer os detalhes do processo.
Mas teceu comentários.
O caso de Lula está sob exame em outro órgão da ONU, o
Comitê de Direitos Humanos, e deve ter uma conclusão no primeiro semestre de
2020. Em 2016, os advogados do ex-presidente recorreram à entidade, alegando
que o então juiz Sérgio Moro não era imparcial e que o devido processo legal
havia sido violado.
Bachelet não tem qualquer papel neste outro organismo. Mas,
em meio aos ataques contra ela feitos pelo presidente Jair Bolsonaro, a chilena
lembrou que o atual chefe-de-estado brasileiro já havia declarado que ela era
"amiga de Lula".
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