Páginas

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Conversas de Lula mantidas pela Lava Jato enfraquecem tese de Moro


Registros inéditos obtidos pela Folha de São Paulo e analisados em conjunto com o site The Intercept Brasil mostram que ligações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), interceptadas pela Polícia Federal em 2016, colocam em xeque a hipótese adotada por Sérgio Moro quando ele divulgou parte dos áudios perto da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff. 

Os jornalistas tiveram acesso a anotações dos agentes que monitoraram Lula. São resumos de 22 conversas, grampeadas depois da interrupção da escuta, em março de 2016. Os diálogos somam conversas do ex-presidente petista com políticos, sindicalistas e o ex-presidente Michel Temer (MDB). Eles mostram que Lula disse a diferentes pessoas que relutou em aceitar o convite de Dilma para ser ministro e que só teria aceitado depois de sofrer pressão de aliados.

A reportagem de Folha e Intercept mostra que o ex-presidente só mencionou as investigações em curso uma vez: para orientar um dos advogados sobre conversas com jornalistas. A ideia de Lula era dizer aos repórteres que o único efeito da nomeação era mudar o caso de jurisdição, pela garantia de foro especial para ministros no Supremo. 

Em 16 de março de 2016, depois de mandar interromper a escuta telefônica autorizada no começo da operação que fechou o cerco contra o líder petista, o então juiz e hoje ministro Sérgio Moro tornou público um diálogo da presidente Dilma Rousseff com Lula sobre a posse dele como ministro da Casa Civil. A divulgação do áudio levou o Supremo Tribunal Federal a anular a posse de Lula.

As anotações de resumos das conversas, de acordo com matéria publicada neste domingo (8), mostram que Lula articulava uma reaproximação com Temer e o MDB. E que a tentativa era bem vista pelo então vice-presidente. A PF teria tido acesso a outras conversas, mas anexou aos autos da investigação apena so telefonema de DIlma Rousseff. Por Folha Press.

Veja matéria completa aqui!

Nenhum comentário:

Postar um comentário