Cordel como instrumento de aprendizado nas salas de aulas.
É com essa proposta que as pesquisadoras e professoras Shirley Rodrigues e
Eulina Fraga chegam a Custódia, no Sertão de Pernambuco. Após realizar o
projeto “Cordel e poesia do cotidiano: um jeito de ler os leitores” no Recife,
elas vão aplicar, de 16 a 21 de setembro, a iniciativa na Escola Municipal
Ernesto Queiroz.
“Como o cordel está diretamente ligado à cultura sertaneja,
seja como inspiração ou pelos traços e elementos, inserimos no cronograma uma
escola da região”, conta Shirley, uma das realizadoras. Nesta segunda etapa,
vão participar três turmas do Ensino Fundamental II. Serão 80 alunos, com idade
superior a 14 anos, aprendendo sobre a história e evolução do gênero, que é
Patrimônio Imaterial Cultural Brasileiro, e estimulados a produzir conteúdo.
Também serão apresentadas as várias formas de utilizar
o cordel na sala de aula, como leituras jogral, esquetes teatral e musicado.
Durante a semana, eles vão participar das atividades: Contexto histórico e
pesquisa sobre o cordel; Técnicas de produção de textos de cordéis, métrica e
rima; Produção individual dos alunos; Técnicas da xilogravura; e Produção
escrita e gráfica dos cordéis. Além da presença delas, as salas de aula
contarão com uma professora de braile/libras para auxiliar os alunos com
deficiência auditiva e visual. O projeto será encerrado com um recital na
escola, tendo a presença dos cordelistas Paulo Moura, do Recife, e Elis
Almeida, de Triunfo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário