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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Rede de fake news no WhatsApp funcionou nas eleições


A rede de desinformação que espalhou notícias falsas (fake news) e deturpadas pró-Bolsonaro pelo aplicativo WhatsApp durante as eleições do ano passado, com o uso de robôs e disparo em massa de mensagens, continua pelo menos parcialmente ativa até hoje. Dados obtidos pela reportagem apontam que 80% das contas no aplicativo de mensagens estavam em funcionamento no início da semana.

O UOL analisou 1.690 linhas telefônicas nacionais e internacionais, contas e grupos de WhatsApp mapeados por dois coletivos de ativistas digitais que procuraram a reportagem: "Programadores Brasileiros pela Pluralidade e Democracia" e o "Hackers pela Democracia". Das 1.690 contas de WhatsApp associadas às linhas telefônicas, 1.355 seguem na ativa.

No topo desta lista estão contas de WhatsApp com características de robôs —programas que operam as contas automaticamente para espalhar mensagens como se fossem pessoas de verdade.

A frequência dos disparos mostra essas características, segundo três especialistas independentes consultados pelo UOL, um deles um investigador do Ministério Público especializado em crimes cibernéticos e corrupção. Uma das contas chegou a enviar 14 mensagens diferentes em um período de apenas 30 segundos.

De 86 números de telefone celular internacionais identificados pelos ativistas digitais de onde partiam disparos em massa de fake news durante as eleições, 38 (ou 45%) continuam ativos.

Dos 1.504 números nacionais que mais enviavam fake news nos 53 grupos públicos mais ativos de apoio ao então candidato Jair Bolsonaro monitorados durante as eleições --a maioria criada e administrada por números internacionais--, 1.283 (ou 85%) estavam com suas contas no aplicativo de mensagens ativas no início desta semana quando foram checados pela reportagem.

Em uma terceira listagem de 100 números nacionais que disparavam fake news durante as eleições, de acordo com o levantamento feito pelos ativistas digitais, 34 seguem na ativa nos grupos de WhatsApp. Do Uol em São Paulo.

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