Dilson Peixoto |
A economia de Pernambuco cresceu o dobro do País no segundo
trimestre deste ano, apresentando um incremento de 2,2% ante 1% do País. O
resultado contou com contribuição importante da agropecuária, que apresentou um
crescimento de 9,9%, com destaque para as lavouras permanentes e para a
produção de ovos e de leite.
A recuperação da agropecuária reflete, em boa parte, as
ações do Governo de Pernambuco para dinamizar o setor. São exemplos dessas
ações as medidas para recompor a competitividade da bacia leiteira pernambucana
e a implantação do selo de rastreabilidade do ovo, iniciativa pioneira no País.
Mais do que dados estatísticos, o incremento na produção
agropecuária tem reflexo direto na melhoria da qualidade de vida de 250 mil
famílias de agricultores, que correspondem a 90% das propriedades rurais
existentes no Estado. Hoje, não há uma única cadeia produtiva da agropecuária
pernambucana em que a agricultura familiar não esteja presente, incluindo a
sucroalcooleira, a fruticultura irrigada e a avicultura.
A recuperação das atividades rurais tem repercussão também
no mercado de trabalho. Segundo dados do Ministério do Trabalho, no último mês
de agosto o setor respondeu por um terço dos empregos com carteira assinada
gerados em Pernambuco, com 3.427 novas vagas formais de trabalho criadas.
Precisamos, no entanto, ir além das comemorações. A hora
agora é de focar na sustentabilidade deste ambiente econômico. Fortalecer a
agricultura familiar, reforçar a infraestrutura hídrica no Semiárido e ampliar
a produtividade e os espaços de comercialização. Enfim, mirar a geração de
emprego e renda no campo para que os trabalhadores e trabalhadoras rurais,
assim como seus descendentes, tenham condições de permanecer em suas terras e
não mais sejam obrigados a migrar por falta de oportunidades.
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