A elevação da dívida bruta brasileira ao maior nível da
história é resultado da política econômica irresponsável e ineficiente do
governo Bolsonaro. A avaliação é do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).
Dados do Banco Central mostram o crescimento do endividamento, que chegou a
79,8% do PIB (Produto Interno Bruto) e fechou agosto em R$ 5,618 trilhões. O
número é superior ao patamar recorde anterior, alcançado em abril deste ano
(79,1% do PIB).
"Os números deixam claro o fracasso desse projeto econômico neoliberal. A
agenda de austeridade imposta pelo governo tem sido extremamente perversa com o
trabalhador brasileiro, que tem sofrido com a retirada de direitos, a exemplo
dessa nefasta Reforma da Previdência. Enquanto isso, os mais ricos seguem
com os mesmos privilégios. O resultado é uma economia estagnada, à beira de uma
recessão, uma desigualdade crescente e nenhuma resposta ao anseio dos 12,6
milhões de desempregados do país", afirmou o senador.
A dívida bruta do Governo Geral é uma das principais
referências para as agências de avaliação de risco e abrange a situação do
governo federal, dos governos estaduais e municipais. Segundo Humberto, o alto
endividamento do país pode prejudicar a já difícil imagem do Brasil no
exterior, diminuindo o interesse de empresas internacionais em investimentos no
país, comprometendo ainda mais as projeções de crescimento nacional.
"Nunca o Brasil esteve com sua imagem tão corrompida lá fora como agora. As declarações polêmicas, a indisposição do presidente com países estratégicos, como a França, e a total incapacidade do governo Bolsonaro de construir pontes geram um clima de instabilidade enorme dentro e fora do país. Com o Brasil travado, sem investimento federal, a solução encontrada por muitos analistas é a de estimular o investimento estrangeiro. Mas o alto endividamento e a incompetência administrativa e política do presidente afastam completamente essa possibilidade. É assustador dizer que, em menos de um ano de governo, Bolsonaro empurrou o país para a sua pior crise. Estamos à beira de um colapso social", avalia o parlamentar.
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