Com placar de 7 a 4, o STF (Supremo Tribunal Federal)
aprovou hoje tese que pode levar à anulação de condenações da Lava Jato,
incluindo uma contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O último ministro a votar foi o presidente do tribunal,
Dias Toffoli, que, conforme já tinha adiantado na semana passada, se colocou a
favor do entendimento de que réus incriminados por delatores devem ter a última
palavra no processo (como fizeram outros seis ministros na semana passada).
A Corte discute agora se impõem um limite à revisão de
condenações para evitar um efeito cascata na Lava Jato e em processos criminais
que também tenham utilizado o depoimento de delatores.
Para limitar os efeitos da decisão em outros processos,
Toffoli propôs que deva ser analisado nos processos em que já houve condenação
se de fato a ordem das alegações finais prejudicou o réu. Além disso, o
ministro propôs que o réu deve ter contestado esse ponto desde o julgamento em
primeira instância.
Se essa posição conquistar maioria no Supremo, será preciso
aguardar que a Justiça analise o recurso da defesa de Lula para saber se o
petista será beneficiado no caso do processo do sítio em Atibaia.
Quem votou a favor de anular sentenças em que delatado não
foi ouvido após o delator - como em alguns casos da Lava Jato:
Alexandre de Moraes
Rosa Weber
Cármen Lúcia
Ricardo Lewandowski
Gilmar Mendes
Celso de Mello
Dias Toffoli
Quem votou contra a anulação dessas sentenças:
Edson Fachin
Luís Roberto Barroso
Luiz Fux
Marco Aurélio Mello
Fonte: Uol
Fonte: Uol
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