O Dia Internacional da Não Violência
Contra a Mulher, 25/11, deu início ao período de ativismo pelo fim da
violência contra a mulher no mundo. Rememorada na tarde desta segunda-feira
(24), a data estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) tem o intuito
de encorajar ações de conscientização e promoção da segurança para a mulher.
Em todo o mundo, o período de ações se estende até o dia
10/12. A deputada estadual Gleide Ângelo, ativista pelos direitos das mulheres,
irá participar de ações dentro do período de ativismo. Dentre as suas
intervenções na área, a deputada incitou a disposição de policiais do sexo
feminino em todos os municípios, com a intenção de atender mulheres que buscam
unidades da polícia civil para denunciar casos de violência.
Segundo uma pesquisa do Instituto Igarapé 1,23 milhão de
mulheres sofreram algum tipo de violência entre 2010 e 2017, no Brasil.
Ameaças, xingamentos, lesão corporal, estupro e feminicídio englobam esse valor
alarmante de violência direcionada a um grupo de pessoas apenas por seu gênero.
A designação especificada "violência contra a mulher" se dá por
situações de violência que mulheres passam apenas por serem mulheres.
Para a deputada estadual Gleide Ângelo, os números da
violência relembram o motivo da luta para proteção da mulher. Para ela, o
assunto precisa ser conversado, debatido e revisitado para que não se
naturalize a violência contra a mulher. “Esses eventos atuam como formas de
prevenção para que a mulher não chegue no feminicídio, para que ela entenda que
aquilo não é amor, é posse”, contou Gleide.
Neste período mundial de engajamento a deputada estadual
propôs, junto ao Governo do Estado e Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), a
alocação de policiais mulheres em todos os municípios de Pernambuco e a maior
capacitação de policiais para o atendimento de mulheres que vão à delegacia em
situações de denúncia. "A mulher, quando vai denunciar, ela tá humilhada,
ela tá com medo. Ela precisa ser atendida com conscientização", contou
Gleide.
A PCPE informou, em nota, que o Departamento de Polícia da
Mulher (DPMUL) está capacitando policiais, preferencialmente mulheres, para que
o acolhimento seja ainda mais humanizado. E que, obedecendo ao critério de
classificação ao final do concurso para novos Agentes de Polícia, espera
conseguir distribuir o novo efetivo de agentes de modo a atender cada vez
melhor as mulheres e a população em geral. Folha de Pernambuco.
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