O ex-presidente da República, senador Fernando Collor
(PTC-AL), disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode sofrer um
processo de impeachment, assim como aconteceu com ele em 1992, quando foi
deposto do cargo. As declarações foram dadas à revista Veja.
“Estou revendo um filme que a gente já viu”, disse. Ele
classificou os erros do chefe de Estado como “primários”. “Continuando do jeito
que está, não vejo como este governo possa dar certo. São erros primários.
Bolsonaro esteve na Câmara por 28 anos, viu como se forma um movimento numa
casa em que o chefe do Executivo não dispõe de maioria”, opinou.
Collor comparou o tratamento de Bolsonaro ao PSL ao dele
com o PRN à época. “Vejo semelhança entre o tratamento que eu concedi ao PRN e
o que ele está conferindo ao PSL. Em outubro de 1990, nós elegemos 41
deputados. O pessoal queria espaço no governo, o que é natural. Num almoço com
a bancada, eu disse: ‘Vocês não precisam de ministério nenhum. Já têm o
presidente da República”, declarou.
“Logo no início, ele tinha que ter dado prioridade aos 53
deputados do PSL. E, a partir desse núcleo, construído a maioria para governar.
Ele perdeu esse momento. Agora reúne a bancada para dizer que vai sair do
partido? Erro crasso”, avaliou.
De impeachment, Collor entende. Bolsonaro vai ouvir a voz
da experiência?
Do Blog de Esmael.
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