O ano de 2019 foi aquele em que a retomada da economia
ganhou um adjetivo comum no discurso dos especialistas: lenta. Foi, também, um
período de represamento de recursos federais para projetos considerados
estratégicos à economia do Estado. Apesar disso, o Governo de Pernambuco
anuncia a obtenção de um recorde histórico na geração de novos negócios com a
iniciativa privada: R$ 14,88 bilhões acordados com o setor produtivo. O rol
inclui anúncios de novos empreendimentos, expansão de empresas já instaladas e inauguração
de novas plantas fabris de diversos segmentos. Comparando, nos três anos
anteriores (entre 2015 e 2018) o valor de investimentos atraídos foi de R$ 3,4
bilhões em novos projetos.
De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento
Econômico, Bruno Schwambach, os números positivos, apesar da situação ainda um
tanto adversa no país, devem-se a políticas de atração de investimento,
segurança no cumprimento de contratos e também a um trabalho de inteligência de
mercado. “Procuramos identificar, em cada região, seu potencial a partir de
dados e informações obtidos proativamente por meio da busca de empreendedores e
empreendimentos importantes. Fomos em São Paulo e no exterior bater em portas.
Descobrimos, por exemplo, que existia carência no segmento de confecções, então
conseguimos atrair duas indústrias de vulto, assim como no ramo da agricultura
irrigada. Fizemos uma pesquisa de mercado e estabelecemos um diálogo com os
setores produtivos. Assim, descobrimos de que forma atrair os empreendimentos
corretos. Neste momento difícil, de escassez de recursos dos Governos, de forma
geral, buscamos atrair a iniciativa privada”, afirmou.
Estes aportes projetados para os próximos anos,
empreendimentos anunciados em parceria com a iniciativa privada, devem gerar,
juntos, mais de 22 mil postos de trabalho a médio e longo prazos, ou até
curtos. Afinal, o início das obras já gera empregos. “O Novo Atacadão, por
exemplo, vem com 15 novas lojas. Duas delas, já estão instaladas. Cada uma
oferece 300 empregos diretos e mais 300 indiretos. Ou seja, somente aí já são
1.200 novos funcionários. A Aché também já inaugurou com quase 400 vagas. A
Marilan começa a funcionar no próximo ano com mais 300”, exemplifica
Schwambach. Os dois mais impactantes empreendimentos somam, em conjunto, R$ 11
bilhões, e representam segmentos estratégicos: o polo automotivo e o setor de
energias renováveis. O primeiro é a expansão da linha de produtos da Jeep, em
Goiana, com recursos da ordem de R$ 7,5 bilhões e geração de 9 mil empregos diretos.
O segundo é o da espanhola Solatio, que montará um complexo solar fotovoltaico
de R$ 3,5 bilhões em São José do Belmonte, Sertão do Pajeú.
Além deste montante citado, outros R$ 3 bilhões estão
distribuídas em 20 novas empresas nas áreas de comércio atacadista e varejista,
logística, tecnologia e inovação, serviços hospitalares, indústria de alimentos
e bebidas, de medicamentos e produtos de limpeza. Dentre os grupos já
instaladas, Ambev e Grupo Petrópolis anunciaram ampliação das linhas de produção
de cervejas puro malte e refrigerantes. Recentemente, foi inaugurada também a
nova planta fabril da Camil Alimentos, no Complexo de Suape. Matéria completa está no Diário de Pernambuco.
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