O deputado federal Danilo Cabral já recolheu 17
assinaturas, visando a ocupar a liderança do PSB na Câmara Federal. Isso
equivale à maioria em uma bancada de 29 parlamentares. Ele trabalha para
suceder o deputado Tadeu Alencar. Danilo realça que a prioridade é
"construir a unidade da bancada", mas adverte: "Agora, sabendo
que nós temos, caso esse entendimento não seja consolidado, um documento que
nos coloca na condição de líder a partir de fevereiro desse ano". Danilo
refere-se à lista de assinaturas, instrumento regimental para indicação do
líder. O parlamentar começou a recolher apoios no ano passado, quando um debate
sobre a liderança fora aberto, e assegura que o documento: "Tem
validade". Há de se considerar que Pernambuco exerce um protagonismo no
PSB nacional devido a, entre outros fatores, ao desempenho eleitoral que
expressa no Estado.
A manutenção da liderança com Pernambuco não deixa de ser
uma forma de seguir adubando essa representatividade. O nome que concorre com
Danilo é Alessandro Molon, do Rio de Janeiro. O atual líder Tadeu Alencar, no
entanto, já realçou que a disputa não diz respeito a um "acordo
territorial" e, com a bancada dividida, Tadeu defendeu ainda, à coluna,
que "lista de assinaturas é bom para não usar". Danilo, por sua vez,
recorda episódios antigos de uso da lista. "O próprio deputado Tadeu
Alencar fez uso de um documento quando do entendimento com o deputado Júlio
Delgado. Júlio poderia ser líder em 2018, porque vinha em ato de substituição
de Tereza Cristina (ex-PSB) e, na época, foi proposto entendimento, mas Tadeu
fez questão que saísse documento dizendo que ele era líder a partir de junho de
2018". Danilo relata ainda o episódio que resultou na saída de Tereza
Cristina da liderança: "Ela saiu no meio de um mandato por conta de uma
lista". Danilo diz não ser a favor de uma disputa de listas, como ocorreu,
recentemente, no PSL, mas defende que "não há aspecto ilegítimo" no documento
e adianta: "Se precisar usar a lista, nós usaremos a lista".
Digital de Paulo Câmara
Indagado sobre a importância de o PSB ter um líder de
Pernambuco na Câmara Federal, Danilo Cabral assegura que Paulo Câmara "tem
trabalhado por esse entendimento". Danilo assinala: "O governador já
demonstrou essa simpatia, digamos assim, pelo nosso nome, o que foi tornado
público por vocês mesmos da Imprensa".
Empenho > Danilo emenda: "E, claro, que ele
trabalha, até porque isso é o estilo do próprio governador, pela construção
desse entendimento. Ele tem trabalhado por esse entendimento".
Neuronha > Paulo Câmara e Raul Henry tiveram novo
encontro que se deu em ambiente praiano. Desta vez, em Fernando de Noronha.
Paulo foi protagonizar inauguração da reforma do porto. Henry chegou depois. O
tempo comum na ilha foi curto, mas rendeu programação conjunta.
Oportunidades > Recentemente, Henry já havia recebido
Câmara em sua casa, em Serrambi. O emedebista repisa que não conversa política
nessas ocasiões com o governador, mas já houve tempos em que os encontros dos
dois andaram bem mais raros.
No máximo - O ex-presidente Lula já havia adiantado, ao
Uol, que defende candidatura de Marília Arraes no Recife e que um eventual
apoio ao PSB só se daria em caso de 2º turno. Ontem, a reunião do PT, em São
Paulo, a qual antecipamos na Rádio Folha FM 96,7, rendeu uma data para
definição da estratégia que o PT adotará na Capital: final de março, início de
abril. Por: Renata Bezerra de Melo da Folha PE.
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