Apesar da urgência de Jair Bolsonaro em privatizar os
Correios, até então o presidente não sabe o que fazer com o contingente de
desempregados que vai se formar com a venda da estatal. A estimativa é que
cerca de 40 mil servidores percam o emprego.
De acordo com reportagem desta quarta-feira (15) do Painel,
da Folha de S. Paulo, Bolsonaro não pretende absorver os demitidos, para evitar
que medida similar tenha que ser adotada em expurgos das estatais vendidas no
futuro.
Entenda como a privatização dos Correios vai afetar a sua
vida
Outro agravante é a dívida de cerca de R$ 3 bilhões do
plano de saúde dos funcionários. Uma das opções que Bolsonaro tem considerado é
descontar do valor a receber, mas a medida ainda não foi definida. Por conta da
complexidade das decisões a serem tomadas, a data prevista para a apresentação
do formato final de privatização ficou para o fim de 2021.
Os Correios são um dos principais alvos na esteira de
privatizações do governo. “Se pudesse privatizar hoje, privatizaria. Mas não
posso prejudicar o servidor dos Correios. É isso”, disse Bolsonaro na semana
passada.
“Você mexe nessas privatizações com centenas, dezenas de
milhares de servidores. É um passivo grande. Você tem que buscar solução para
tudo isso. Você não pode jogar os caras para cima. Eles têm que ter as suas
garantias. Tem que ter um comprador para aquilo. É devagar. Tem o TCU com lupa
em cima de você. Não são fáceis as privatizações”, acrescentou.
A empresa é uma das 17 incluídas no plano de privatizações
de Paulo Guedes, que abarca também Eletrobras, a EBC e a Casa da Moeda. Fonte: Revista Forum
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