Pernambuco já conta hoje com 103 feiras orgânicas
cadastradas em todo o estado, segundo levantamento realizado pela Secretaria de
Desenvolvimento Agrário (SDA), o que representa a maior rede de espaços
orgânicos do Norte e Nordeste e a segunda maior do País. Desde a criação do
Programa Circuito Pernambuco Orgânico, em 2019, o número de feiras orgânicas ou
agroecológicas no estado cresceu 24%, saindo de um total de 83 feiras, no
início do cadastramento, para 103 feiras no final do ano passado.
De acordo com o secretário Dilson Peixoto, ao contrário do
Governo Federal que vem liberando de forma acelerada novas fórmulas de
agrotóxicos, o Governo de Pernambuco vem atuando para ampliar a rede de feiras
orgânicas em todo o estado e trabalhando para formalizar mais agricultores e
agricultoras como produtores orgânicas.
“Enquanto em Brasília o Ministério da Agricultura liberou a
utilização de 439 agrotóxicos apenas em 2019, em Pernambuco a prioridade é
oferecer alimentos saudáveis e livres de produtos químicos para a população.
Estamos trabalhando para fortalecer a produção orgânica, tanto ampliando os
espaços de comercialização como incentivado os agricultores a se formalizarem
como produtores orgânicos. Muitos produtores rurais já adotam práticas orgânicas,
mas não têm conhecimento desse diferencial e terminam comercializando seus
produtos como produtos convencionais”, destaca Dilson Peixoto.
Hoje, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA), o número de produtores orgânicos cadastrados em
Pernambuco também cresceu, saltando de 849 para 1.044 ao longo de 2019. “Isso
reflete o crescimento também da quantidade de OCSs (Organizações de Controle
Social) em Pernambuco. Hoje temos 52 OCSs em Pernambuco, seis a mais que no início
dos trabalhos do Circuito Pernambuco Orgânico”, detalha o gerente de Processos
Agroecológicos da SDA, Maílson Pedro Rodrigues, acrescentando que é a
vinculação a uma OCS que permite aos agricultores e agricultoras serem
reconhecidos como produtores orgânicos.
Para o secretário Dilson Peixoto, um dos desafios do
programa hoje é ampliar o número de espaços no interior do estado, já que hoje
um terço desses espaços está concentrado na capital. “Quando interiorizamos as
feiras estamos incentivando os chamados circuitos curtos, aproximando o
produtor do consumidor. Isso representa menos custos para quem produz, que
passa a gastar menos com combustível e transporte, por exemplo, e para
quem consome o acesso a um alimento saudável muitas vezes mais barato do que
encontramos nos supermercados”, explica.
Entre as ações realizadas em 2019, Mailson Rodrigues
destaca, além do levantamento e cadastramento das feiras, a realização de 128
visitas técnicas; o apoio direto a implantação de 11 novas feiras; a implantação
da sinalização de trânsito dos espaços orgânicos na Região Metropolitana; a
distribuição de equipamentos para as feiras. “Uma de nossas metas para 2020 é
contribuir para a formação de uma Organização Participativa de Avaliação da
Conformidade (Opac), que permitirá ao produtor certificado a utilização do selo
de produtos orgânicos, através do Sistema Participativo de Garantia (SPG), e
sua comercialização por terceiros”, adianta.
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