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Cláudio Gomes/Afogados FC/Klisman Gama/Twitter: @KlismanGama
A Coruja voou alto no Sertão do Pajeú. Mostrou o seu
domínio em casa e seguiu fazendo história. Depois de conquistar uma inédita
participação na Copa do Brasil graças ao terceiro lugar no Estadual de 2019, o
Afogados conseguiu avançar de fase na competição nacional na última
quinta-feira ao bater o Atlético-AC por 3 a 0. Agora encara outro Atlético, o
de Minas Gerais, no dia 26. Sem dúvidas, o maior jogo da história de seis anos
do clube. E o clima de euforia pelo momento vivido ainda toma conta da cidade.
“Realmente foi um dia histórico para o futebol de Afogados
da Ingazeira e da região. Onde você vai por aqui, está todo mundo comemorando.
Isso é muito importante. Mesmo sabendo que temos uma pedreira pela frente, o
Atlético-MG, grande clube de referência nacional. Fizemos de tudo para passar
de fase e estamos aí, esperando o Galo de Minas Gerais. Quem sabe?! Vamos ver o
que a gente pode fazer”, conta o presidente do Afogados, João Nogueira.
Para o duelo, o acanhado, mas caloroso estádio Vianão deve
receber arquibancadas móveis para aumentar a sua capacidade. Atualmente,
comporta apenas dois mil torcedores. Sem citar um número com exatidão, o
mandatário da Coruja acredita em um total que possa comportar até oito mil
torcedores, a depender das negociações com a prefeitura do município. Desta
forma, a intenção é de baratear o ingresso e, ao mesmo tempo que dará uma boa
renda para o clube, que também seja acessível para os afogadenses acompanharem
o jogo do clube que foi abraçado pela comunidade.
UNINDO AS TORCIDAS
Esse apoio todo era, sim, almejado por João Nogueira e
demais fundadores do Afogados da Ingazeira Futebol Clube. Porém, sabia-se da
dificuldade para subir esses degraus no futebol pernambucano e nacional. Coisa
que, aos poucos, o clube tem conseguido. Esse apoio não se restringe apenas ao
Sertão do Pajeú, mas também ao restante de Pernambuco. A classificação da
Coruja tem repercutido e diversos torcedores de Náutico, Santa Cruz e Sport
demonstraram torcida pelo time na Copa do Brasil. Algo que terá reforço diante
do Atlético-MG na segunda fase.
“Eu acho que estou para entender essa relação. É um clube
pequeno, que começou ainda agora. Não somos ainda um clube intermediário.
Grandes são Santa Cruz, Náutico, Sport, Salgueiro, que estão brigando. E
realmente estamos aqui… não sei explicar. Realmente é um sonho que a gente
tinha. Conquistamos no ano passado e, sem falsa modéstia, queremos conquistar
esse ano novamente.Vamos brigar para, no ano que vem, disputar novamente e ter
ranking na CBF”, acrescentou o presidente.
“É um clube de seis anos de fundação, é muita coisa. É
administração, é união do grupo. O povo, a cidade que a gente carrega esse
símbolo. É um patrimônio da cidade e da região aqui do Pajeú. Eu parabenizo a
torcida que carregou o time, ‘chiava’ com qualquer erro e falha do juiz, mesmo
que poucas, e chegava junto. Isso fez com que a gente pudesse vencer o clube do
Norte do Brasil”, encerrou. (JC Online)
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