Em tempo de retomada lenta e gradual do crescimento
econômico no país, o Nordeste é onde ela ocorre de modo mais desacelerado
(0,7%). Pernambuco, por sua vez, está mais próximo dos índices nacionais do que
dos da região onde está inserido, crescendo, inclusive acima da média do
Brasil.
Enquanto a performance brasileira no último trimestre foi
de + 0,9%, a pernambucana alcançou os índices de 1,1%. A atividade econômica do
estado acelerou no trimestre encerrado em novembro, alcançando, inclusive, a
maior taxa de crescimento dos últimos cinco trimestres. A perspectiva, para
2020 é a repetição dos resultados positivos. Os dados são do Boletim Regional
do Banco Central e significam uma prévia do PIB, a ser divulgado pelo IBGE em
março. O documento analisa as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e
Sul e os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
O Índice de Atividade Econômica Regional – Nordeste
(IBCR-NE) variou 0,2% no trimestre encerrado em novembro de 2019 em relação ao
finalizado em agosto. Em doze meses o IBCR-NE registrou alta de 0,6%. De acordo
com Túlio Maciel, chefe do departamento de desenvolvimento econômico (Depec) do
Banco Central, durante 11 anos, a região cresceu mais do que a média nacional,
mas os dois anos anteriores ilustram a reversão do quadro.
“Com a agregação de menos trabalhadores em postos de
trabalho, a massa salarial cresce em ritmo mais lento que outras regiões e traz
desdobramentos em toda a economia nordestina”, explica. O ritmo lento repercute
a incipiente recuperação da produção industrial e o baixo dinamismo do mercado
de trabalho, apesar da expansão das vendas do comércio ampliado, que cresceu
2,0% no mesmo período. O que, de acordo com os dados, está relacionado à
liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) à Black
Friday. Por: Patrícia Monteiro/Diário de Pernambuco.
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