Lideranças do PT, PSOL, MDB, PSB, PDT, PCB e PCdoB
divulgaram uma nota conjunta nesta segunda-feira (30) pedindo a cabeça do
presidente Jair Bolsonaro, que, segundo o documento, “não tem condições
de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde
e a economia.”
O texto afirma que o presidente da República tem sido
irresponsável no trato da pandemia de coronavírus e que ele é o maior obstáculo
à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas
e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas.
“Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para
permitir uma saída democrática ao país”, pedem os subscritores.
Além das lideranças suprapartidárias, a nota é assinada
pelos ex-presidenciáveis Ciro Gomes (PDT-CE), Guilherme Boulos (PSOL) e
Fernando Haddad (PT-SP); ex-senador Roberto Requião (MDB-PR); ex-governador
Tarso Genro (PT-RS); Manuela D’ávila (PCdoB) e Sonia Guajajara (PSOL),
ex-candidatas a vice; e o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB).
Os presidentes dos seguintes partidos encabeçaram o
manifesto pela renúncia de Bolsonaro: Gleisi Hoffmann, PT; Carlos Lupi, PDT,
Carlos Siqueira, PSB; Edmilson Costa, PCB; Juliano Medeiros, PSOL; e Luciana
Santos, PCdoB.
O documento inédito lançam também as premissas para
enfrentar a COVID-19 no âmbito econômico, visando preserva empregos e retomar
as atividades produtivas no País.
Dentre as propostas do movimento suprapartidário estão:
·
Manter o isolamento social
·
Criar leitos e UTI provisórios
·
Importar testes massivos
·
Renda Mínima Urgente para todos os
trabalhadores
·
Suspensão de cobrança de luz e água,
dentre outras tarifas públicas
·
Taxação das grandes fortunas para
arcar os custos da COVID-19
O
Brasil e o mundo enfrentam uma emergência sem precedentes na história moderna,
a pandemia do coronavírus, de gravíssimas consequências para a vida humana, a
saúde pública e a atividade econômica.
Em
nosso país a emergência é agravada por um presidente da República irresponsável.
Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a
evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e
as empresas. Atenta contra a saúde pública, desconsiderando determinações
técnicas e as experiências de outros países. Antes mesmo da chegada do vírus,
os serviços públicos e a economia brasileira já estavam dramaticamente
debilitados pela agenda neoliberal que vem sendo imposta ao país. Neste momento
é preciso mobilizar, sem limites, todos os recursos públicos necessários para
salvar vidas.
Bolsonaro
não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa
crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações,
mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais
vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não
de um presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida
de todos aos seus interesses políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais
que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a
Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para
permitir uma saída democrática ao país. Ele precisa ser urgentemente
contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo.
Ao
mesmo tempo, ao contrário de seu governo – que anuncia medidas tardias e
erráticas – temos compromisso com o Brasil. Por isso chamamos a unidade
das forças políticas populares e democráticas em torno de um Plano de
Emergência Nacional para implantar as seguintes ações:
-Manter
e qualificar as medidas de redução do contato social enquanto forem
necessárias, de acordo com critérios científicos;
-Criação
de leitos de UTI provisórios e importação massiva de testes e equipamentos de
proteção para profissionais e para a população;
-Implementação
urgente da Renda Básica permanente para desempregados e trabalhadores
informais, de acordo com o PL aprovado pela Câmara dos Deputados, e com olhar
especial aos povos indígenas, quilombolas e aos sem-teto, que estão em maior
vulnerabilidade;
-Suspensão
da cobrança das tarifas de serviços básicos para os mais pobres enquanto dure a
crise,
-Proibição
de demissões, com auxílio do Estado no pagamento do salário aos setores mais
afetados e socorro em forma de financiamento subsidiado, aos médios, pequenos e
micro empresários;
-Regulamentação
imediata de tributos sobre grandes fortunas, lucros e dividendos;
empréstimo compulsório a ser pago pelos bancos privados e utilização do Tesouro
Nacional para arcar com os gastos de saúde e seguro social, além da previsão de
revisão seletiva e criteriosa das renunciais fiscais, quando a economia for
normalizada.
Frente
a um governo que aposta irresponsavelmente no caos social, econômico e
político, é obrigação do Congresso Nacional legislar na emergência, para
proteger o povo e o país da pandemia. É dever de governadores e prefeitos
zelarem pela saúde pública, atuando de forma coordenada, como muitos têm feito
de forma louvável. É também obrigação do Ministério Público e do Judiciário
deter prontamente as iniciativas criminosas de um Executivo que transgride as
garantias constitucionais à vida humana. É dever de todos atuar com
responsabilidade e patriotismo.
ASSINAM
(por ordem alfabética):
Carlos
Siqueira, presidente nacional do PSB.
Carlos
Lupi, presidente nacional do PDT.
Ciro
Gomes, ex-candidato a Presidência pelo PDT.
Edmilson
Costa, presidente nacional do PCB.
Fernando
Haddad, ex-candidato à Presidência pelo PT.
Flavio
Dino, governador do estado do Maranhão.
Guilherme
Boulos, ex-candidato a Presidência pelo PSOL.
Gleisi
Hoffmann, presidenta nacional do PT.
Juliano
Medeiros, presidente nacional do PSOL.
Luciana
Santos, presidenta nacional do PC do B.
Manuela
D’Avila, ex-candidata a Vice-presidência (PC do B).
Roberto
Requião, ex-governador do Paraná.
Sonia
Guajajara, ex-candidata à Vide-presidência (PSOL)
Tarso
Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul
Fonte: Blog do Esmael
Fonte: Blog do Esmael
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