Equipes de atenção básica em várias cidades e estados do
Brasil afirmam que a subnotificação ao Ministério da Saúde de casos suspeitos
de infecção pela Covid-19 tem sido gigantesca.
Isso vem ocorrendo mesmo depois de o ministro Luiz Henrique
Mandetta ter solicitado, em 20 de março, que todos os casos suspeitos,
independentemente da gravidade, fossem notificados por estados e municípios.
Nesse cenário, em que o avanço da epidemia pode ser muito
maior do que se tem registro, muitos hospitais do país esperam que dentro
poucas semanas comecem a faltar vagas em Unidades de Tratamento Intensivo
(UTIs).
A falta de kits para testes e a inexistência de uma
portaria específica do Ministério da Saúde para determinar quais casos devam
ser considerados confirmados ou suspeitos têm feito com que muitos doentes não
entrem nas estatísticas, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família
e Comunidade (SBMFC), que representa 6.000 médicos atuando em 47,7 mil equipes
de atenção básica em todo o Brasil.
Na falta de uma portaria específica do ministério, os
médicos que reportam os casos têm se guiado por notas técnicas da vigilância
epidemiológica de seus municípios ou estados, que diferem umas das outras,
impedindo que haja dados nacionais homogêneos.
Fonte: Folha.
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