Um eventual processo de impeachment contra o presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não tem apoio suficiente para avançar dentro
do Congresso, mas as condições políticas para o impedimento podem ser criadas
se o clamor pela saída do mandatário crescer na sociedade.
Esta é a avaliação da maioria dos políticos — de esquerda e
de direita — que já protocolaram pedidos de impeachment do político carioca.
Nos últimos dias, Bolsonaro intensificou as negociações com
partidos do chamado "centrão", visando formar uma base de apoio para
si no Congresso — um dos objetivos do movimento é justamente blindar o governo
na eventualidade de processo de impeachment.
Nesta quarta-feira (06), o Diário Oficial trouxe a nomeação
de Fernando Marcondes de Araújo Leão como presidente do Departamento Nacional
de Obras Contra a Seca (Dnocs). Leão é filiado ao Avante (antigo PT do B), mas
foi indicado pelo Partido Progressista (PP). Comandará um orçamento de R$ 2,1
bilhões, dos quais R$ 265 milhões estão livres para investimentos. É a primeira entrega de um cargo de peso
feita por Bolsonaro a legendas do centrão.
A reportagem da BBC News Brasil conversou com líderes
políticos que assinam sete dos 36 pedidos de impeachment apresentados até agora
contra o presidente da República — entre as pessoas ouvidas estão o
ex-governador do Ceará, Ciro Gomes; a líder do PSL na Câmara, Joice Hasselmann
(SP); e o líder do PSB, o deputado Alessandro Molon (RJ). Por
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