Enquanto milhões de trabalhadores informais aguardam a
análise para o recebimento do auxílio emergencial de R$ 600, o Ministério da
Defesa identificou que militares vinculados à pasta receberam o benefício
durante a pandemia do novo coronavírus. Em nota, o ministério informou que
iniciou uma investigação para apurar possíveis irregularidades no processo. Não
foi divulgado, no entanto, o número de envolvidos no caso.
"O Ministério da Defesa informa que foi identificada,
com o apoio do Ministério da Cidadania, a possibilidade de recebimento indevido
de valores referentes ao auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal no
período de enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus, por integrantes da
folha de pagamentos deste Ministério", diz a pasta em nota.
A Defesa informa, ainda, que "a referida folha de
pagamentos é composta por militares da ativa, da reserva, reformados,
pensionistas e anistiados". "Já estão sendo adotadas todas as medidas
necessárias à rigorosa apuração do ocorrido, visando identificar se houve
valores recebidos indevidamente, de modo a permitir a restituição ao erário e
as demais considerações de ordem administrativo-disciplinar, como
necessário", afirma outro trecho do texto.
Nesta segunda-feira (11) durante audiência no Congresso, o
presidente da Caixa, Pedro Guimarães, destacou que 50 milhões de pessoas
receberam a primeira parcela do auxílio emergencial até o momento. Outros 17
milhões de brasileiros devem ter uma resposta até esta terça-feira, 12, sobre a
solicitação para recebimento do benefício. Cerca de 30 milhões foram
consideradas inelegíveis por não preencherem os requisitos exigidos pelo
governo.
Para receber o benefício, o trabalhador precisa ter renda
mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50) e ter renda mensal até
3 salários mínimos (R$ 3.135) por família. O beneficiário também não pode ter
recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018. Por Estadão Conteúdo
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