O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta
quarta-feira (27) a suspensão de contratos de anúncio publicitário do Banco do
Brasil com sites, blogs, portais e redes sociais.
A decisão do ministro Bruno Dantas parte de análise feita
pelo tribunal de repasses de verba do banco para sites acusados de publicar
fake news.
Na semana passada, após pressão nas redes sociais, o Banco
do Brasil disse que não anunciaria mais em sites do tipo. Na sequência, após
pressão do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente
Jair Bolsonaro (sem partido), recuou e restabeleceu a publicidade em página
acusada de disseminar conteúdo falso.
A área técnica do Banco do Brasil, da qual faz parte o
filho do vice-presidente Hamilton Mourão, Antônio Mourão, considerou excessivo
o veto ao site por produção de conteúdo falso.
Auditores do TCU levantaram que o Banco do Brasil executou
cerca de R$ 119 milhões com publicidade na internet, o que abarca polêmico site
acusado de publicar notícias falsas, como revelou o jornal Folha de S.Paulo.
O ministro Bruno Dantas também autorizou o envio da cópia
integral dos autos e todos dados e documentos ao Supremo Tribunal Federal, onde
poderão ser incorporados no inquérito de fake news do STF, de relatoria de
Alexandre de Moraes.
Nesta quarta (27), Roberto Jefferson, Luciano Hang e ativistas
bolsonaristas foram alvo de operação vinculada ao inquérito.
Na reunião ministerial do dia 22 de abril, Rubem Novaes,
presidente do Banco do Brasil, chamou o TCU de "usina de terror". Com
o envio do material para o STF, aumentam as chances de que ele seja incluído no
inquérito sobre fake news, como adiantado pela Folha de S.Paulo.
Por: Camila Mattoso Por: FolhaPres
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