O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes determinou a quebra do sigilo bancário de 11 parlamentares bolsonaristas
para apurar se eles atuaram no financiamento de atos antidemocráticos, que
pediam o fechamento do STF e do Congresso Nacional. O ministro deliberou também
que as redes sociais forneçam relatórios sobre pagamentos efetuados a
páginas bolsonaristas que fazem apologia a atos antidemocráticos, a
chamada “monetização” dessas páginas.
A decisão de Moraes determinou a quebra dos sigilos
bancários de alguns dos principais deputados federais da base de apoio
bolsonarista: Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Cabo Junio
Amaral (PSL-MG) e Otoni de Paula (PSC-RJ). Além deles, foram alvos das quebras
os deputados federais Daniel Silveira (PSL-RJ), Carolina de Toni (PSL-SC), Alê
Silva (PSL-MG), General Girão (PSL-RN), Guiga Peixoto (PSL-SP) e Aline Sleutjes
(PSL-PR). Também foi alvo de quebra o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ).
A decisão de Moraes foi tomada em conjunto com a autorização
da Operação Lume, que cumpriu nesta terça-feira mandados de busca e apreensão
contra 21 alvos ligados aos atos antidemocráticos. Também nesta terça, segundo
a colunista Bela Megale, a Polícia Federal prendeu outros três investigados em
inquérito sobre atos antidemocráticos, que não foram encontrados na operação de
segunda-feira.
As medidas foram determinada após a constatação de
indícios de que esses deputados manifestaram apoio aos atos antidemocráticos e
pela necessidade de aprofundar as investigações em relação a eles. No total,
foram onze parlamentares alvos das quebras.
Fonte: O Globo
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