O WhatsApp, empresa de Mark Zuckberg, bloqueou um canal que o PT matinha na rede social. A legenda é o maior partido de esquerda na América Latina com 1,4 milhão de filiados, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Sem explicações ou aviso, a empresa americana decidiu suspender em 26 de junho a conta do ‘Zap do PT’, mantida pela legenda para distribuição de notícias e conteúdos a filiados do partido. A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), cobra explicações do Facebook e já encaminhou carta dirigida a Mark Zuckberg, fundador da gigante do Vale do Silício. Enquanto isso, a sigla anuncia migração do canal para o aplicativo Telegram.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, denunciou
nesta segunda-feira (6) o bloqueio do canal de transmissão mantido pela legenda
junto ao WhatsApp, empresa pertencente ao Facebook, para distribuição de
notícias e conteúdos de interesse da agremiação. O PT anunciou que está
estudando as medidas judiciais cabíveis para reverter a decisão ou obter alguma
explicação para o episódio. Gleisi anunciou que está criando um serviço oficial
de informações do PT junto ao aplicativo Telegram.
Em comunicado, a administradora do WhatsApp no Brasil,
administrada pelo Facebook, informou ao PT, em 26 de junho, o bloqueio dos
canais que a legenda mantinha oficialmente na empresa – o Zap do PT – mas sem
apresentar quaisquer razões deste bloqueio. “É muito estranho que esse bloqueio
seja promovido sem qualquer explicação dada pela empresa, nem oficialmente, nem
extraoficialmente”, diz Gleisi. “Não há razão para isso. Todos os conteúdos
distribuídos pelo PT no Zap eram relativos a material divulgado no site do
partido”.
Gleisi cobra do Facebook no Brasil, e da matriz, nos
Estados Unidos, que seja dada uma explicação oficial para a medida. A
parlamentar denuncia que o bloqueio foi anunciado unilateralmente sem qualquer
aviso ou explicação, de forma intempestiva. “O Zap do PT foi criado para
divulgação de informações do PT aos seus filiados, constituindo comunicação
legítima e voluntariamente consentida pelos usuários”, lembra Gleisi. A
deputada encaminhou carta ao presidente do Facebook, Mark Zuckberg, para que a
empresa se manifeste publicamente.
O lançamento deste canal foi divulgado publicamente, inclusive por meio de outros canais oficiais de WhatsApp. “Cumprimos de boa-fé as normativas do aplicativo, tanto em relação ao conteúdo quanto ao acesso aos usuários”, aponta a deputada e presidenta do PT. “Não fomos informados das razões do bloqueio, sejam de ordem técnica ou referentes às normativas de uso do aplicativo”. A informação é do Blog do Esmael.
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