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segunda-feira, 27 de julho de 2020

Vacina contra o novo coronavírus está cada vez mais próxima


Uma candidata a vacina contra o coronavírus teve bons resultados contra a mutação mais comum do vírus – e pode deixar o desenvolvimento de uma cura mais próximo. De acordo com um novo estudo, o produto fabricado pela empresa de biotecnologia Moderna foi testado para a mutação D614G do vírus, presente em mais de 70% das infecções confirmadas no mundo. É também a cepa mais comum na Europa, chegando a 100% dos casos em alguns países.

A pesquisa foi liderada pelo professor Drew Weissman, da universidade de Pennsylvania, e divulgada no site Medrxiv.org, mas ainda não foi revisada por outros profissionais do ramo.

Essa mutação também se reproduz mais nas vias respiratórias e, assim, é mais transmissível de pessoa para pessoa. Como esse vírus possui uma estrutura que se conecta mais facilmente às células, também está mais suscetível ao ataque de anticorpos, descobriu a pesquisa. A pesquisa diz que, por ser mais transmissível, essa variedade do vírus também é mais suscetível a anticorpos.

Outro estudo da Universidade de Berkeley, na Califórnia, descobriu que a cepa D614G adquiriu duas mutações adicionais, presentes nos Estados Unidos e na Europa. Quando essas duas variedades circulam na mesma região, as taxas de mortalidade aumentam.

A vacina da Moderna foi testada em humanos, macacos e ratos. Depois de algumas semanas, amostras de sangue foram coletadas para avaliar a produção de anticorpos. Outros colaboradores são da Duke University, Harvard Medical School e Los Alamos National Laboratory.

Há cerca de uma semana, resultados da fase 1 de testes para a candidata a vacina da Moderna já haviam mostrado que a vacina é segura e gera uma resposta imune e produção de anticorpos em humanos, de acordo com resultados publicados na The New England Journal of Medicine.

A Moderna vai agora começar um teste com 30.000 pessoas que vai dar a resposta final se a vacina funciona ou não. A Moderna foi a primeira farmacêutica a fazer testes em humanos e pode ser a primeira a lançar comercialmente seu produto.

Fonte: EXAME

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