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Publicado por Blog do Ivonaldo Filho

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

PSB cobiça mais ministérios

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A grande vitória conquistada pelo PSB nas eleições deste ano não apenas fortaleceu um partido que até bem pouco tempo era considerado “mediano” na política brasileira, como ainda construiu um certo problema para o PT, de Lula e da presidente eleita Dilma Rousseff: o de redimensionar o papel da legenda socialista, presidida nacionalmente pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no governo que se inicia em 1º de janeiro de 2011.

O PSB foi o segundo partido que mais elegeu governadores no País, seis – o dobro do que tinha –, perdendo apenas para o PSDB (da oposição), que elegeu oito. PT e PMDB, por exemplo, elegeram “apenas” cinco, cada. E no Congresso, embora de maneira mais discreta, os socialistas também apresentaram crescimento, passando de 27 para 34 deputados federais e elegendo três senadores – em 2006 elegeu apenas um.

Com este quadro, as primeiras especulações são de que pode existir um possível aumento no número de ministérios – o que significaria, obviamente, tirar algum de quem já tem. E, com isso, irritar outros aliados. Em Brasília, após o discurso da vitória de Dilma, Eduardo desconversou e, cauteloso, disse que não era o momento para se tratar do assunto. Ontem, à Agência Estado, reiterou: “Já fazíamos parte da base do governo, continuaremos fazendo. Não apoiamos troca de apoios por cargos”. Mas, nos bastidores, o que se comenta é que o Ministério da Ciência e Tecnologia e a secretaria nacional dos Portos, hoje sob o comando da legenda, seria pouco para o tamanho que o PSB terá a partir de 2011.

Especula-se que o PSB espera ocupar três ministérios e uma estatal forte – é citado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Ministério das Cidades, hoje com o PP, e o da Integração Nacional, com o PMDB, também são visto como cobiçados pelos socialistas.

Nessa questão de cargos, o discurso entre os aliados do PSB no Estado também é de cautela. Vice-presidente nacional do PT, o senador eleito Humberto Costa se disse ontem satisfeito em ver as vitórias do PSB nos Estados, “esperadas após o resultado do primeiro turno”, e que a legenda se torna um ator mais importante no cenário nacional. Mas que não dá para garantir que haverá, por exemplo, um crescimento no número de ministérios.

“Necessariamente não é preciso aumentar. Pode dar algum de mais peso, por exemplo, e manter a mesma quantidade. Mas essa é uma questão que o governo Dilma vai decidir e ainda é cedo para isto”, alerta o ex-ministro da Saúde de Lula e ex-secretário do governo Eduardo Campos.

Uma definição sobre a postura que o PSB deve tomar em relação a seu posicionamento no futuro governo Dilma não deve demorar para ser tomada. Está marcada para a próxima quinta-feira, em Brasília, reunião da Executiva Nacional do partido, com o intuito de avaliar o resultado das eleições e as perspectivas da legenda para os próximos anos. Passada a ressaca da comemoração do resultado nas urnas, será um bom momento para que Eduardo e seus liderados socialistas decidirem se vão continuar como coadjuvantes ou se vão pleitear uma posição de protagonista no governo que irá começar. Paulo Augusto Do Jornal do Commercio

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