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Publicado por Blog do Ivonaldo Filho

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terça-feira, 10 de julho de 2012

Mais ajuda para as vítimas da estiagem

A compra, pelo governo Federal, de 150 mil reses de produtores rurais de Pernambuco será anunciada hoje, durante a 8ª reunião do Comitê Integrado de Convivência com o Semiárido, como mais uma medida para mitigar os efeitos da seca na região. É que a estiagem, que atingiu 122 municípios no Estado, fez cair os preços do gado caprino e ovino.

A aquisição será feita pela Companhia Nacional de Abastecimento, com mediação do governo do Estado. “Vamos oferecer a logística. Ou seja, identificar os produtores rurais e os abatedouros, além de fazer o transporte do gado”, adianta o secretário de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, Ranilson Ramos.
O objetivo, explica o secretário, é não só ajudar os pecuaristas, mas também regular o mercado de caprinos e ovinos. “O preço de um animal de 20 quilos, que era vendido a R$ 120, caiu para R$ 50. A compra pela Conab vai trazer de volta os preços para os índices normais”, justifica.

Apenas pecuaristas com rebanho inferior a 50 cabeças poderão participar do programa. Essa foi a forma encontrada para garantir que pequenos produtores rurais, e não pecuaristas, sejam beneficiados. O secretário informa que a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), vinculada à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, dispõe do cadastro dos agricultores. “O cadastramento é necessário tanto para a aplicação de vacinas quanto para a emissão de guias de transporte de animais.”

Os recursos destinados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ao qual a Conab é vinculada, totalizam R$ 30 milhões. O secretário calcula que a aquisição de animais, com essa verba, beneficiará 28 mil pecuaristas familiares. “Ainda não serão contemplados todos”, lamenta Ranilson Ramos. Segundo o secretário, há 700 mil reses nas áreas atingidas pela seca.

Em Pernambuco, segundo ele, são 3,5 milhões ovinos e caprinos. Do total, 1,9 milhão é composto de carneiros e ovelhas, enquanto 1,6 milhão é de bodes e cabras.
Outra medida a ser anunciada hoje na reunião, que ocorre às 14h no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), em San Martin (Zona Oeste), é a autorização do plantio de milho em 43 mil hectares do Agreste. O cereal será cultivado com apoio governamental, como o preparo do solo e a distribuição de sementes. “O agricultor entra com mão de obra e o manejo, além dos tratos culturais”, esclarece o secretário.

Na opinião de Ranilson Ramos, mesmo com a possibilidade de perda na produção em razão da estiagem, o plantio do grão garantirá forragem para o gado. “No mínimo, a plantação poderá ser aproveitada para alimentação animal, uma vez que o Agreste concentra a bacia leiteira, com a produção do gado bovino, no Estado”, argumenta. (Jc Online)

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